A prevalência de cefaleia e fatores psicossociais associados em estudantes de medicina no Ceará / The prevalence of headache and psychosocial factors associated among medical students in a university of northeast Brazil
Rev. med. (Säo Paulo)
; 98(3): 168-179, maio-jun. 2019. tab
Article
in Pt
| LILACS, Educa
| ID: biblio-1009542
Responsible library:
BR66.1
RESUMO
Introdução:
A cefaleia é uma afecção que impacta negativamente a qualidade de vida da pessoa. O curso de medicina é reconhecidamente um gerador de esgotamento e, de acordo com a literatura, fatores estressantes são mais comuns em alunos de medicina que na população em geral, podendo desencadear a cefaleia. Esses fatores estressores podem ser intensificados em períodos que antecedem as provas devido a mudanças nos hábitos de sono e de estudo, havendo uma possível relação com o surgimento de cefaleias primárias.Objetivo:
Avaliar a prevalência de cefaleia primária nos estudantes de medicina (EM) em períodos de provas e relacionar com fatores psicossociais.Métodos:
Trata-se de um estudo transversal, baseado na aplicação de dois questionários a uma amostra de 219 EM do 1º ao 8º semestre de uma universidade no interior do Ceará. Um questionário relacionou a cefaleia com fatores psicossociais em períodos de provas. O segundo questionário HSQ-DV, foi utilizado para o diagnóstico de enxaqueca e cefaleia do tipo tensional (CTT).Resultados:
98% dos EM relataram já ter sentido cefaleia. A prevalência de CTT e enxaqueca encontradas foi de 61,9% e 18,1%, respectivamente, dados maiores que a média para a população geral. Estudantes com enxaqueca têm mais crises antes de provas, se automedicam mais, ingerem mais psicoestimulantes, são mais ansiosos, mais depressivos, mais sedentários, mais estressados e dormem menos que aqueles com CTT.Conclusão:
De fato, os EM são um grupo de risco para o desenvolvimento de cefaleias, merecendo, portanto, uma maior ênfase de pesquisas científicas sobre as cefaleias primárias neste grupo.ABSTRACT
Introduction:
Headache is a condition that impacts negatively the patients' quality of life. The medical course is a known generator of exhaustion and, according to the literature, stressors are more common in medical students (MS) than in the general population, which can trigger a headache. These stressors can be intensified in periods that precede the tests due to changes in sleep and in study habits, with a possible relation with the appearance of primary headache.Objective:
To associate the presence of primary headache in MS during periods of tests and to relate to psychosocial factors.Methods:
This is a cross-sectional study based on the application of two questionnaires to a sample of 219 MS from the 1st to the 8th semester of a university in Northeast Brazil. The first questionnaire related headache with psychosocial factors in periods of tests. The second questionnaire HSQ-DV, was used for the diagnosis of migraine and tension-type headache (TTH).Results:
98% of MS reported having experienced headache. The prevalence of TTH and migraine was 61.9% and 18.1%, respectively, higher than the average for the general population. Students with migraine have more attacks before tests, self-medicate more, ingest more psychostimulants, are more anxious, more depressed, more sedentary, more stressed, and sleep less than those with TTH.Conclusion:
In fact, MS are a risk group for the development of headache, thus deserving a greater emphasis of scientific research on primary headaches in this group
Full text:
1
Index:
LILACS
Main subject:
Self Medication
/
Students, Medical
/
Tension-Type Headache
/
Psychosocial Impact
/
Headache Disorders, Primary
/
Headache
/
Migraine Disorders
Type of study:
Observational_studies
/
Prevalence_studies
/
Qualitative_research
/
Risk_factors_studies
/
Screening_studies
Limits:
Adult
/
Female
/
Humans
/
Male
Country/Region as subject:
America do sul
/
Brasil
Language:
Pt
Journal:
Rev. med. (Säo Paulo)
Year:
2019
Type:
Article