Simultaneity of unhealthy behaviors associated with hypertension among Brazilian adults / Simultaneidade de comportamentos não saudáveis associados à hipertensão em adultos brasileiros

ABSTRACT

It is well known that some unhealthy behaviors are potentially associated with hypertension, but it is not known which combinations of simultaneous behaviors increase the chance of developing hypertension. In addition, more evidence is needed to assist in the development of preventive public policies in low- and middle-income countries. Thus, the objective was to determine the association between the clustering of four unhealthy behaviors and the occurrence of hypertension among Brazilian adults. The secondary data analyzed are derived from VIGITEL 2015 database, a cross-sectional national surveillance that included 35,548 adults aged 18 to 59 years living in Brazilian state capitals. Unhealthy behaviors and hypertension were measured by self-report. Sixteen combinations based on the presence and absence of the four unhealthy behaviors were performed and binary logistic regression was used to determine the association between simultaneity of these behaviors and hypertension. The odds to have all unhealthy behaviors were 3.50 (95%CI: 2.96 - 4.10) times higher than the expected value if unhealthy behaviors were independent. Adults with simultaneous all risk behaviors (OR = 2.42; 95%CI: 1.20 - 4.85), with excessive salt consumption and physical inactivity (OR = 1.41; 95%CI: 1.11 - 1.80) and with excessive alcohol consumption and physical inactivity (OR =1.60; 95%CI: 1.14 - 2.25) were more likely to have hypertension compared to the people without unhealthy behaviors. In conclusion, some combinations of unhealthy behaviors were actually more dangerous for hypertension in the investigated population. Future public policies to prevent hypertension can be more effective if to focus on simultaneity of unhealthy behaviors that increased the chance of developing the disease, especially physical inactivity.

RESUMO

A associação existente entre alguns comportamentos não saudáveis e hipertensão está bem estabelecida na literatura, entretanto, ainda não está claro quais agrupamentos em específico podem aumentar a chance de desenvolvimento da doença. Ademais, são necessárias mais evidências para auxiliar no desenvolvimento de políticas públicas preventivas em países de baixa e média renda. Assim, o objetivo do presente estudo foi investigar a associação entre os agrupamentos de quatro comportamentos não saudáveis e hipertensão em adultos brasileiros. Os dados analisados são derivados do banco de dados Vigitel 2015, uma pesquisa transversal que incluiu 35.548 adultos entre 18 e 59 anos residentes em capitais brasileiras. Os comportamentos não saudáveis e hipertensão foram medidos por meio de auto relato. Dezesseis combinações baseadas na presença e ausência dos quatro comportamentos foram realizadas e para determinar a associação entre a simultaneidade desses comportamentos e hipertensão foi utilizada regressão logística binária. A chance de ter todos os comportamentos não saudáveis foi 3,50 (IC95%: 2,96 - 4,10) vezes maior que o esperado se os comportamentos fossem independentes. Adultos com todos os comportamentos não saudáveis (OR = 2,42; IC95%: 1,20 - 4,85), com consumo excessivo de sal e inatividade física (OR = 1,41; IC95%: 1,11 - 1,80) e com consumo excessivo de álcool e inatividade física (OR = 1,60; IC95%: 1,14 - 2,25) apresentaram associação com hipertensão. Conclui-se que algumas combinações de comportamentos não saudáveis foram mais perigosas para o desenvolvimento da hipertensão na população investigada. Futuras políticas públicas focadas na prevenção dessa doença podem ser mais eficazes se considerarem os agrupamentos que aumentam a chance de desenvolver a hipertensão, principalmente a inatividade física.