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O Impacto da Aptidão Cardiorrespiratória no Paradoxo da Obesidade em Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Reduzida / Impact of Cardiorespiratory Fitness on the Obesity Paradox in Heart Failure with Reduced Ejection Fraction
Moreira, Rita Ilhão; Silva, Tiago Pereira; Gonçalves, António Valentim; Feliciano, Joana; Rio, Pedro; Soares, Rui; Ferreira, Rui Cruz.
  • Moreira, Rita Ilhão; Hospital de Santa Marta. Lisboa. PT
  • Silva, Tiago Pereira; Hospital de Santa Marta. Lisboa. PT
  • Gonçalves, António Valentim; Hospital de Santa Marta. Lisboa. PT
  • Feliciano, Joana; Hospital de Santa Marta. Lisboa. PT
  • Rio, Pedro; Hospital de Santa Marta. Lisboa. PT
  • Soares, Rui; Hospital de Santa Marta. Lisboa. PT
  • Ferreira, Rui Cruz; Hospital de Santa Marta. Lisboa. PT
Arq. bras. cardiol ; 115(4): 639-645, out. 2020. tab, graf
Article in Portuguese | SES-SP, LILACS | ID: biblio-1131358
RESUMO
Resumo Fundamento Índice de massa corporal (IMC) elevado tem sido associado a desfechos melhores em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida. Este achado tem levado ao conceito do paradoxo da obesidade.

Objetivo:

Investigar o impacto de tolerância ao exercício e capacidade cardiorrespiratória no paradoxo da obesidade.

Método:

Pacientes ambulatoriais com insuficiência cardíaca sintomática e fração de ejeção ventricular esquerda (FEVE) ≤ 40%, acompanhados no nosso centro, foram prospectivamente submetidos à avaliação abrangente de linha de base incluindo parâmetros clínicos, laboratoriais, eletrocardiográficos, ecocardiográficos e de exercício cardiopulmonar. A população do estudo foi dividida de acordo com o IMC (< 25, 25 - 29,9 e ≥ 30 kg/m2). Todos os pacientes foram acompanhados durante 60 meses. O desfecho composto foi definido como morte cardíaca, transplante cardíaco urgente ou necessidade de suporte circulatório mecânico. Valores de p < 0,05 foram considerados significativos.

Resultados:

Dos 282 pacientes incluídos (75% masculino, 54 ± 12 anos, IMC 27 ± 4 kg/m2, FEVE 27% ± 7%), o desfecho composto ocorreu em 24,4% durante o acompanhamento. Os pacientes com IMC elevado eram mais velhos e apresentavam FEVE e níveis séricos de sódio mais elevados, bem como menor inclinação de eficiência ventilatória (VE/VCO2). VE/VCO2 e consumo de oxigênio de pico (VO2p) eram fortes preditores prognósticos (p < 0,001). Na análise univariada de regressão de Cox, o IMC elevado foi associado a desfechos melhores (razão de risco 0,940, intervalo de confiança 0,886 - 0,998, p 0,042). Porém, após ajustar para ou inclinação VE/VCO2 ou VO2p, o papel protetor do IMC sumiu. O benefício de sobrevida do IMC não foi evidente quando os pacientes foram agrupados de acordo com a classe de aptidão cardiorrespiratória (VE/VCO2, valor de corte de 35, e VO2p, valor de corte de 14 mL/kg/min).

Conclusão:

Estes resultados sugerem que a aptidão cardiorrespiratória supera a relação entre o IMC e a sobrevida em pacientes com insuficiência cardíaca.
ABSTRACT
Abstract

Background:

Higher body mass index (BMI) has been associated with improved outcomes in heart failure with reduced ejection fraction. This finding has led to the concept of the obesity paradox.

Objective:

To investigate the impact of exercise tolerance and cardiorespiratory capacity on the obesity paradox.

Methods:

Outpatients with symptomatic heart failure and left ventricular ejection fraction (LVEF) ≤ 40%, followed up in our center, prospectively underwent baseline comprehensive evaluation including clinical, laboratorial, electrocardiographic, echocardiographic, and cardiopulmonary exercise testing parameters. The study population was divided according to BMI (< 25, 25 - 29.9, and ≥ 30 kg/m2). All patients were followed for 60 months. The combined endpoint was defined as cardiac death, urgent heart transplantation, or need for mechanical circulatory support. P value < 0.05 was considered significant.

Results:

In the 282 enrolled patients (75% male, 54 ± 12 years, BMI 27 ± 4 kg/m2, LVEF 27% ± 7%), the composite endpoint occurred in 24.4% during follow-up. Patients with higher BMI were older, and they had higher LVEF and serum sodium levels, as well as lower ventilatory efficiency (VE/VCO2) slope. VE/VCO2 and peak oxygen consumption (pVO2) were strong predictors of prognosis (p < 0.001). In univariable Cox regression analysis, higher BMI was associated with better outcomes (HR 0.940, CI 0.886 - 0.998, p 0.042). However, after adjusting for either VE/VCO2 slope or pVO2, the protective role of BMI disappeared. Survival benefit of BMI was not evident when patients were grouped according to cardiorespiratory fitness class (VE/VCO2, cut-off value 35, and pVO2, cut-off value 14 mL/kg/min).

Conclusion:

These results suggest that cardiorespiratory fitness outweighs the relationship between BMI and survival in patients with heart failure.
Subject(s)


Full text: Available Index: LILACS (Americas) Main subject: Cardiorespiratory Fitness / Heart Failure Type of study: Prognostic study Limits: Female / Humans / Male Language: Portuguese Journal: Arq. bras. cardiol Year: 2020 Type: Article Institution/Affiliation country: Hospital de Santa Marta/PT

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