Relationship between the joint mobility index and the presence of injury and pain among ballet students in Brazil / Relação entre o índice de mobilidade articular e a presença de lesões e dor entre estudantes de balé no Brasil

ABSTRACT

Dance is a unique blend of art and athleticism, which makes its practitioners particularly susceptible to skeletal muscle injuries and pain. Dancers are subjected to intense training, which contributes towards increasing the severity of injury. Injuries occur significantly more frequently in hypermobile dancers than in the non-hypermobile individuals. The present study aimed to correlate the Joint Mobility Index, obtained through Carter and Wilkinson"™s Joint Mobility Scale, as modified by Beighton, with the prevalence of musculoskeletal injuries among students at vocational schools for classical ballet in Brazil, and to make a correlation with self-reported presence of pain and muscle fatigue. This study indicates that there is a real association between hypermobility as a risk factor for lesions, which were more present in hypermobile individuals. On the other hand, pain was inversely presented, such that it was more present in non-hypermobile dancers, perhaps because of skeletal muscle overload to meet the physical and esthetic needs of ballet. Fatigue was not an important variable in the analyses between the groups, and was similar between them. It is especially important to establish a relationship regarding the need for intensive therapeutic care for treating of skeletal muscle injuries among hypermobile individuals. (AU)

RESUMO

A dança é uma mistura única de arte e performance, o que torna seus praticantes particularmente suscetíveis a lesões e dores musculares esqueléticas. Dançarinos são submetidos a treinamento intenso, o que contribui para aumentar a gravidade da lesão. Lesões ocorrem significativamente mais frequentemente em bailarinos hipermóveis do que nos indivíduos não hipermóveis. O presente estudo teve como objetivo correlacionar o Índice de Mobilidade Articular, obtido pela escala de Carter e Wilkinson, conforme modificado por Beighton, com a prevalência de lesões musculoesqueléticas entre os estudantes das escolas profissionais de balé clássico no Brasil, e ainda correlacionar com o autorrelato da presença de dor e fadiga muscular. Este estudo indica que existe uma associação real entre a hipermobilidade como fator de risco para lesões, que estavam mais presentes em indivíduos hipermóveis. Por outro lado, a dor foi inversamente apresentada, sendo mais presente nos bailarinos não hipermóveis, talvez pela sobrecarga musculoesquelética para atender às necessidades físicas e estéticas do balé. Fadiga não foi uma variável importante nas análises entre os grupos, sendo semelhante entre eles. É especialmente importante estabelecer uma relação com a necessidade de cuidados terapêuticos intensivos para lesões musculares esqueléticas entre indivíduos hipermóveis. (AU)