The Production of the Sexual Difference in Physical Education: Problematizing Naturalizations / A Produção da Diferença Sexual na Educação Física: problematizando naturalizações

ABSTRACT

Abstract Researches that describe the anatomy and physiology of human movement have aimed to produce knowledge comparing women's and men's physical capacities, concerned with specifying and describing "sex differences." One of the consequences of this kind of research is that it influences teaching processes in human motion disciplines for physical educators, producing gender-marked bodies. This article uses Foucauldian discourse analysis to question how the production of sex differences is present in scientific studies dedicated to studying athletic performance that propose comparisons between sexes in strength performance. Through this analysis, we aim to describe and analyse how the epistemologies of sex and gender involved in these productions reinforce naturalised ideas of what it means to be a man and a woman, as well as question the social intelligibility of body/gender/sexuality that regulates sex/gender in our culture and in science.

RESUMO

Resumo Pesquisas que descrevem a anatomia e fisiologia do movimento humano têm objetivado produzir comparações entre capacidades físicas de homens e mulheres, para especificar e descrever "diferenças sexuais". Uma das consequências desse tipo de pesquisa é sua influência em pedagogias de ensino utilizadas por profissionais da educação física, produzindo a materialidade do gênero nos corpos. Esse artigo utiliza análise do discurso Foucaultiana para interrogar como a produção de diferenças sexuais ocorre em artigos científicos dedicados ao estudo de desempenho físico que comparam os sexos em relação à força. Através dessa análise, objetivamos descrever e analisar como epistemologias de sexo/gênero estão envolvidas nessa produção de forma a reiterar ideias naturalizadas do que significa ser homem e ser mulher, assim como também questionar a inteligibilidade de corpo/gênero/sexualidade que regula a materialização do sexo/gênero na cultura e na ciência.