Avaliação do complexo médio-intimal em pacientes jovens / Evaluation of the intima-media complex in young patients

RESUMO

A medida do complexo médio-intimal (CMI) realizada através de um exame ultrassonográfico é um marcador precoce da aterosclerose e pode refletir o aumento do risco cardiovascular futuro quando espessado. Existe acentuada dificuldade de reconhecimento dos indivíduos que não apresentam sintomas da doença aterosclerótica, mas que estão em risco de desenvolve-la, principalmente nos pacientes jovens em que as alterações precoces já podem estar em desenvolvimento. Foram estudados 51 pacientes entre 15 e 35 anos de idade sem doença aterosclerótica manifesta, através de questionário sobre fatores de risco, histórico familiar e exame ultrassonográfico das artérias carótidas bilateralmente com o objetivo de correlacionar a espessura do complexo médio-intimal com os fatores de riscos que porventura estavam presentes. As medidas do CMI encontradas variaram entre 0,5 e 0,8mm (média geral 0,631 mm) não demonstrado diferença significativa entre os lados direito e esquerdo. Dos pacientes analisados 23 são do sexo feminino (45,1%) e 28 do masculino (54,9%) comparando os valores do CMI direito (0,63 mm) e esquerdo (0,62 mm) em ambos os sexos, foi significativamente maior no sexo masculino para ambos os lados (direito p=0,0005; esquerdo p=0,0004). O tabagismo foi o principal fator de risco cardiovascular relevante associado aos maiores valores do CMI no estudo (média de 0,7357; p<0,0001). Não houveram correlações da medida do CMI com as doenças cardiovasculares encontradas no histórico familiar da população em estudo. Palavras-chave Aterosclerose, Espessura Intima-Media Carotídea, Tabagismo