Mortalidade por acidentes de trabalho no Brasil: análise de tendência temporal, 2006-2015 / Mortality from occupational accidents in Brazil: temporal trend analysis, 2006-2015
Rev. bras. saúde ocup
;
46: e8, 2021. tab, graf
Article
in Portuguese
|
LILACS-Express
| LILACS
| ID: biblio-1351885
RESUMO
Resumo Objetivo:
analisar a tendência temporal da mortalidade por acidentes de trabalho (AT) no Brasil de 2006 a 2015 e investigar desigualdades segundo sexo, raça/cor da pele, faixa etária, escolaridade e macrorregiões.Métodos:
estudo ecológico de tendência temporal, com dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Utilizaram-se regressões de Poisson.Resultados:
as taxas anuais médias (TAM) de mortalidade por acidente de trabalho mantiveram-se relativamente estáveis no período (variação anual de até 5%), mas alguns grupos e regiões apresentaram tendência de aumento. Mulheres acima de 60 anos da região Centro-Oeste (TAM 1,21-IC95% 1,03-1,42) e os trabalhadores pardos de todas as regiões (TAM 1,03 IC95% 1,02-1,04) apresentaram aumento significativo na mortalidade. Em 2015, a mortalidade por AT na região Nordeste foi 88% maior entre os pardos (2,45/100 mil) do que entre os brancos (1,30/100 mil), e no Brasil, a mortalidade de trabalhadores com menos de oito anos de estudo foi 15 vezes superior à daqueles com 12 anos de estudo ou mais (4,74/100 mil vs. 0,31/100 mil).Conclusões:
embora estável, a taxa de mortalidade por AT no Brasil é elevada, se comparada à dos países de alta renda. Alguns grupos populacionais (homens, pretos, pardos, índios, pessoas com baixa escolaridade) e regiões do país (Norte, Nordeste e Centro-Oeste) apresentam taxas ainda mais elevadas.ABSTRACT
Abstract Objective:
to analyze the temporal trend of mortality due to occupational accidents (OA) in Brazil from 2006 to 2015 and investigate inequalities related to gender, race/skin color, age group, education level, and macro-regions.Methods:
ecological time series study conducted with data from the Mortality Information System (SIM) and the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE). Data were analyzed by Poisson regressions.Result:
the average annual rate (AAR) for deaths due to OA remained relatively stable over the analyzed period (annual variation of up to 5%), but some groups and regions showed an upward trend. Mortality was significantly higher among women over 60 years old from the Midwest region (AAR 1.21-95%CI 1.03-1.42) and brown-skinned people from all regions (AAR 1.03-95%CI 1.02-1.04). In 2015, mortality from OA in the Northeast region was 88% higher among brown-skinned people (2.45/100,000) than among white people (1.30/100,000). In Brazil, mortality was 15 times higher among individuals with less than eight school years when compared to those with 12 school years or more (4.74/100,000 vs. 0.31/100,000).Conclusions:
although stable, the mortality rate due to OA in Brazil is elevated when compared to high-income countries. These rates are even higher among some population groups (men, Blacks, brown-skinned, indigenous, and lower-educated people) and in certain regions of the country (North, Northeast, and Midwest).
Full text:
Available
Index:
LILACS (Americas)
Country/Region as subject:
South America
/
Brazil
Language:
Portuguese
Journal:
Rev. bras. saúde ocup
Journal subject:
Occupational Medicine
/
Public Health
Year:
2021
Type:
Article
Affiliation country:
Brazil
Institution/Affiliation country:
Universidade Federal de Santa Catarina/BR
Similar
MEDLINE
...
LILACS
LIS