Alterações hepáticas em transplantados renais do maior centro de transplante do Brasil / Hepatic alterations in kidney transplant recipients from the largest kidney transplant center in brazil
Arq. gastroenterol
; Arq. gastroenterol;59(1): 65-70, Jan.-Mar. 2022. tab, graf
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| ID: biblio-1374440
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ABSTRACT
ABSTRACT Background Kidney transplant is the treatment of choice for patients with end-stage renal disease and is associated with lower mortality when compared to dialysis methods. Brazil is the country with the second largest number of kidney transplants in the world and among these patients it has been observed that liver abnormalities are common. The frequency of liver abnormalities ranges from 20-50% post-transplantation, and have an important impact on the survival and quality of life of these patients. There are scarce data about the frequency, causes and characteristics of these alterations. Objective To determine the prevalence of the different causes of hepatic abnormalities in kidney transplant recipients, to associate the characteristics of these abnormalities with demographic, epidemiological and clinical variables, to compare the characteristics of hepatic alterations between different etiologies, and to evaluate possible changes in diagnosis over two different periods of time. Methods Descriptive, cross-sectional observational, epidemiological study was conducted at the outpatient "Hepato-Rim"clinic of Hospital São Paulo (EPM/UNIFESP), a center providing specialized care for patients with hepatic abnormalities and underlying kidney diseases. Results Five-hundred eighty-one transplant patients were evaluated. The most prevalent etiologies of liver abnormalities were hepatitis C and B, iron overload, nonalcoholic fatty liver disease (NAFLD), and drug-induced liver injury (DILI). The most common cause — hepatitis C — was analyzed in greater detail. Compared to the other causes, this infection was more frequent in older patients, female patients, and patients with a longer time since transplantation and hemodialysis. Analysis of the two periods showed that patients of period 1 (P1 — 1993 to 2005) were older and were more frequently referred because of positive serology; referral due to aminotransferases abnormalities predominated during period 2 (P2 — 2006 to 2018). The predominant diagnoses were hepatitis C and B during P1 and NAFLD and DILI during P2. Conclusion Assessment of the main hepatic alterations in kidney transplant recipients is important because it permits better management of these patients in terms of diagnostic investigation and treatment and contributes to the prevention of complications in this special population.
RESUMO
RESUMO Contexto O transplante renal é o tratamento de escolha para pacientes com doença renal terminal e está associado a menor mortalidade quando comparado aos métodos dialíticos. O Brasil é o país com o segundo maior número de transplantes renais do mundo e, entre esses pacientes, observa-se que as alterações hepáticas são comuns. A frequência das alterações hepáticas varia de 20 a 50% pós-transplante e tem importante impacto na sobrevida e qualidade de vida desses pacientes. Existem poucos dados sobre a frequência, causas e características dessas alterações. Objetivo Determinar a prevalência das diferentes causas de anormalidades hepáticas em receptores de transplante renal, associar as características dessas anormalidades a variáveis demográficas, epidemiológicas e clínicas, comparar as características das alterações hepáticas entre diferentes etiologias e avaliar possíveis alterações no diagnóstico em dois períodos diferentes de tempo. Métodos Estudo epidemiológico descritivo, transversal, observacional, realizado no ambulatório "Hepato-Rim" do Hospital São Paulo (EPM/UNIFESP), centro de atendimento especializado a pacientes com anormalidades hepáticas e doenças renais de base. Resultados Quinhentos e oitenta e um pacientes transplantados foram avaliados. As etiologias mais prevalentes de anormalidades hepáticas foram hepatite C e B, sobrecarga de ferro, doença hepática gordurosa não alcoólica e lesão hepática induzida por drogas. A causa mais comum — hepatite C — foi analisada em maiores detalhes. Em comparação com as outras causas, essa infecção foi a mais frequente em pacientes mais velhos, pacientes do sexo feminino e pacientes com mais tempo de transplante e hemodiálise. A análise dos dois períodos mostrou que os pacientes do período 1 (P1 — 1993 a 2005) eram mais velhos e encaminhados com maior frequência devido à sorologia positiva; encaminhamento devido a anormalidades de aminotransferases predominou durante o período 2 (P2 — 2006 a 2018). Os diagnósticos predominantes foram hepatite C e B durante P1 e doença hepática gordurosa não alcoólica e lesão hepática induzida por drogas durante P2. Conclusão A avaliação das principais alterações hepáticas em receptores de transplante renal é importante, pois permite melhor manejo desses pacientes na investigação diagnóstica e no tratamento e contribui para a prevenção de complicações nesta população especial.
Full text:
1
Index:
LILACS
Type of study:
Risk_factors_studies
Country/Region as subject:
America do sul
/
Brasil
Language:
En
Journal:
Arq. gastroenterol
Journal subject:
GASTROENTEROLOGIA
Year:
2022
Type:
Article