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Violências relatadas por solicitantes de refúgio atendidos na Cáritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro de 2010 a 2017 / Violence reported by asylum seekers assisted by the Archdiocesan Caritas of Rio de Janeiro from 2010 to 2017 / Violencias relatadas por solicitantes de asilo asistidos por la Cáritas Arquidiocesana de Río de Janeiro desde 2010 hasta 2017
Proença, Raquel; Cavalcante, João Roberto; Trajman, Anete; Faerstein, Eduardo.
  • Proença, Raquel; Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro. Rio de Janeiro. BR
  • Cavalcante, João Roberto; Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro. Rio de Janeiro. BR
  • Trajman, Anete; Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. BR
  • Faerstein, Eduardo; Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. BR
Rev. bras. estud. popul ; 40: e0232, 2023. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1423242
RESUMO
Resumo Estima-se que no mundo, atualmente, haja 89,3 milhões de pessoas em deslocamentos forçados, incluindo 27,1 milhões de refugiados. Entre as razões para essas migrações forçadas estão a tortura e outras formas de violência, embora a prevalência de violências antes e durante a migração ainda seja pouco conhecida. O objetivo deste estudo é analisar a prevalência e alguns fatores associados às violências relatadas por solicitantes de refúgio no Rio de Janeiro. Foram coletados dados preenchidos nos formulários de solicitação de refúgio do Comitê Nacional para Refugiados de 2010 a 2017 e em entrevistas adicionais conduzidas na Cáritas Arquiocesana-RJ. Foram incluídos 1.546 solicitantes de refúgio com idade mediana de 30 anos (faixa 15-72 anos), dos quais 65% eram homens. Um terço informou ter sofrido violência antes de chegar ao Brasil, com chances de violência relatada entre 20 e 40 vezes maiores entre migrantes oriundos de Paquistão, Congo, Colômbia, República Democrática do Congo e Guiné. Violência física/tortura, ameaça e violência psicológica foram as mais frequentes (relatadas por 10%, 7% e 6% da população estudada, respectivamente). Entre as mulheres, a violência sexual foi a modalidade mais frequente (9%). Conclui-se que a história de violência entre os solicitantes de refúgio no Brasil é frequente, em particular para alguns grupos nacionais, aspecto a ser considerado no acolhimento e na prestação de serviços a essa população em situação de extrema vulnerabilidade.
ABSTRACT
Abstract Currently, the world has 89.3 million forcibly displaced people, including 27.1 million refugees. Among the reasons for displacement are torture and other forms of violence, but the real prevalence of violence before and during migration is poorly reported. The aim of this study is to analyze the prevalence of reported violence among asylum seekers in Rio de Janeiro and its associated factors. We collected secondary data from individuals who filled out the National Committee for Refugees' asylum application forms from 2010 to 2017 and responded to the social interview at Cáritas-RJ. We included 1,546 asylum seekers with a mean age of 30 (range 15-72), 65% of whom were men. One third reported experiencing violence before arriving in Brazil. Chances of experiencing violence were 20 to 40 times higher among refugees arriving from Pakistan, Congo, Colombia, the Democratic Republic of Congo and Guinea. Physical violence/torture and psychological threats were the most frequent forms (10%, 7% and 6% of the population, respectively). Among women, sexual violence was the most frequent form of violence (9% of women). We conclude that asylum seekers in Brazil frequently suffered violence before their arrival, particularly some groups. This needs to be addressed when providing services to this extremely vulnerable population.
RESUMEN
Resumen Actualmente, hay en el mundo 89,3 millones de personas desplazadas por la fuerza, incluidos 27,1 millones de refugiados. Entre las razones de desplazamiento forzado están la tortura y otras formas de violencia, pero la prevalencia real de la violencia antes y durante la migración ha sido poco estudiada. El objetivo de este estudio es analizar la prevalencia de violencia reportada entre los solicitantes de asilo en Río de Janeiro y los factores asociados a esta. Recolectamos datos secundarios de personas que completaron los formularios de solicitud de asilo del Comité Nacional para Refugiados desde 2010 hasta 2017 y de entrevistas adicionales en Cáritas RJ. Incluimos a 1546 solicitantes de asilo con una edad media de 30 (15-72) años, de los cuales 65 % eran hombres. Un tercio informó haber experimentado violencia antes de llegar a Brasil, con posibilidades de violencia de entre 20 a 40 veces mayores para entre migrantes oriundos de Pakistán, Congo, Colombia, República Democrática del Congo y Guinea. Violencia/tortura física, amenazas y violencia psicológica son las formas más frecuentes (10 %, 7 % y 6 % respectivamente) relatadas. Entre las mujeres, la más frecuente fue la violencia sexual (9 % de los relatos). Concluimos que la historia de violencia entre los solicitantes de asilo en Brasil es frecuente, sobre todo en algunos grupos nacionales en particular, aspecto que se debe considerar al prestarle servicios a esta población extremadamente vulnerada.
Subject(s)


Full text: Available Index: LILACS (Americas) Main subject: Refugees / Violence Type of study: Etiology study / Risk factors Limits: Humans Language: Portuguese Journal: Rev. bras. estud. popul Journal subject: Social Sciences / Public Health Year: 2023 Type: Article Affiliation country: Brazil Institution/Affiliation country: Universidade Federal do Rio de Janeiro/BR / Universidade do Estado do Rio de Janeiro/BR

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LILACS

LIS


Full text: Available Index: LILACS (Americas) Main subject: Refugees / Violence Type of study: Etiology study / Risk factors Limits: Humans Language: Portuguese Journal: Rev. bras. estud. popul Journal subject: Social Sciences / Public Health Year: 2023 Type: Article Affiliation country: Brazil Institution/Affiliation country: Universidade Federal do Rio de Janeiro/BR / Universidade do Estado do Rio de Janeiro/BR