Distribution of fish assemblages in Lajes Reservoir, Rio de Janeiro, Brazil

ABSTRACT

Spatial distribution of fish assemblages in Lajes Reservoir, a 30 km² impoundment in Rio de Janeiro State (Lat. 22º42'-22º50'S; Long. 43º53'-44º05'W) was assessed to detect patterns of available habitat use by the fish. A standardized monthly sampling program was carried out from January to December 1994 at three zones of the reservoir (upper, near tributary mouths; middle; and lower, near the dam). Fishes were caught by gillnets, (50 m long, 3 m height), with mesh ranging having from 25 to 45 mm between knots, submerged during 12 hours. A total of 5,089 fishes were collected comprising 15 species, 14 genera and 9 families. Loricariichthys spixii, Astyanax bimaculatus, Parauchenipterus striatulus, Astyanax fasciatus parahybae, Oligosarchus hepsetus, Rhamdia parahybae, Hypostomus affinis, and Geophagus brasiliensis were the most abundant species, each contributing above 1% of the total number. Loricariichthys spixii was the dominant species, contributing over 80% of total number and biomass. Fish abundance, number of species, and biomass were higher in the upper zone, but differences from this overall pattern were shown by some species. Loricariichthys spixii and Rhamdia parahybae were more abundant in the upper zone, while all other species showed no differences in their abundance among the zones. Seasonal environmental variables of temperature, pH, transparency, and water level did not show a clear association with fish occurrence. Most fish used the different zones of the reservoir with no clear sign of spatial separation. High dominance of L. spixii, reduced abundance of reolific species Leporinus copelandii and Cyphocharax gilberti, and presence of introduced species such as Cichla monoculus and Tilapia rendalli are indications of antropic effects in the fish community.

RESUMO

A distribuição espacial da taxocenose de peixes do Reservatório de Lajes, um represamento de 30 km² no Estado do Rio de Janeiro (Lat. 22º42'-22º50'S; Long. 43º53'-44º05'W), foi analisada visando detectar eventuais padrões de uso dos habitats disponíveis pelos peixes. Amostragens mensais padronizadas entre janeiro e dezembro de 1994 foram realizadas em três zonas do reservatório (alta, próxima à entrada de tributários, intermediária e baixa, próxima à barragem). Os peixes foram capturados com redes de espera (50 m comprimento por 3 m altura), com malhas variando de 25 a 45 mm entre nós adjacentes e tempo de permanência de 12 horas. Foi capturado um total de 5.089 peixes, compreendendo 15 espécies, 14 gêneros e 9 famílias. Loricariichthys spixii, Astyanax bimaculatus, Parauchenipterus striatulus, Astyanax fasciatus parahybae, Oligosarchus hepsetus, Rhandia parahybae, Hypostomus affinis e Geophagus brasiliensis foram as espécies mais abundantes, contribuindo individualmente com mais de 1% da abundância total. Loricariichthys spixii foi a espécie dominante, contribuindo com mais de 80% do número e biomassa total dos peixes. A zona alta apresentou maiores valores para número de indivíduos, espécies e biomassa, embora algumas espécies tenham demonstrado diferenças nesse padrão geral. Loricariichthys spixii e Rhamdia parahybae foram mais abundantes na zona alta, contudo não foram detectadas diferenças espaciais na abundância para as demais espécies. Não foram detectadas associações bem definidas entre as variáveis ambientais de temperatura, pH, transparência e nível da água e a ocorrência de peixes. Em geral, a maioria dos peixes utiliza as diferentes zonas do reservatório sem indicações de separação espacial. A elevada dominância de L. spixii, a redução de espécies reolíficas, como Leporinus copelandii e Cyphocharax gilberti, e a presença de espécies introduzidas, como Cichla monoculus e Tilapia rendalli, são indicações de efeitos antrópicos na comunidade de peixes.