Atividade de extratos de plantas e óleos essenciais sobre o vírus Sars-Cov-2: análise bibliométrica / Activity of plant extracts and essential oils on the Sars-Cov-2 virus: bibliometric analysis

RESUMO

Registros arqueológicos relatam que o uso das plantas medicinais acontece desde a pré-história, com apontamentos de que o homem ao se alimentar de raízes e ervas, instintivamente, utilizava as plantas como medicamentos e, diante da pandemia de COVID-19, deve-se levar em consideração que a busca pelo tratamento de uma doença, sem a menor perspectiva de controle, passe por todos os meandros da medicina incluindo a medicina alternativa, por meio das plantas medicinais. O objetivo deste trabalho foi descrever os artigos científicos publicados sobre extratos de plantas e óleos essenciais que possuem atuação sobre o vírus SARS-CoV-2 no período de 2020 a 2022. Tratou-se de estudo exploratório, descritivo e retrospectivo, realizado, por meio de revisão bibliográfica. O total de artigos recuperados foi de 424 sobre extratos de plantas e 15 sobre óleos essenciais que, após a exclusão de artigos, selecionou-se 34 (8%) de extratos de plantas e dois (13%) de óleos essenciais, com os quais se desenvolveram as análises. Quanto às características formais da produção científica, concluiu-se que no ano de 2020 não foram encontrados artigos sobre os temas. Os autores chineses, indianos e japoneses tiveram a mesma totalidade de publicações, mas os indianos e japoneses apresentaram artigos mais atualizados. As instituições públicas foram as que mais publicaram sobre os temas e a China foi o país com maior número de publicações. Nas análises de rede de correlação por coautoria e por coocorrência dos termos, concluiu-se que as coautorias dos dois temas não apresentaram diferenças nas correlações entre os autores e os termos MeSH que tiveram maior força de relacionamento foram SARS-CoV-2, Plant Extracts, COVID-19, Humans, Antiviral Agents e Volatile Oils. Sobre os conteúdos abordados concluiu-se que as plantas medicinais, seus extratos e os óleos essenciais possuem potencial eficácia sobre a inibição do vírus SARS-CoV-2, com exceção do óleo essencial de eucalipto que possui efeito contrário no que diz respeito à infectividade do vírus.

ABSTRACT

Archaeological records show that the use of medicinal plants has been going on since prehistoric times, with indications that when man ate roots and herbs, he instinctively used plants as medicines and, in the face of the COVID-19 pandemic, it must be taken into account that the search for the treatment of a disease, without the slightest prospect of control, goes through all the intricacies of medicine including alternative medicine, through medicinal plants. The aim of this study is to describe the scientific articles published on plant extracts and essential oils that act on the SARS-CoV-2 virus between 2020 and 2022. This is an exploratory, descriptive and retrospective study, carried out by means of a bibliographic review. The total number of articles retrieved was 424 on plant extracts and 15 on essential oils. After excluding the articles, 34 (8%) on plant extracts and two (13%) on essential oils were selected for analysis. As for the formal characteristics of scientific production, it was concluded that no articles on the topics were found in 2020. Chinese, Indian and Japanese authors had the same total number of publications, but the Indians and Japanese had more up-to-date articles. Public institutions published the most on the topics and China was the country with the highest number of publications. The analyses of the correlation network by co-authorship and by co-occurrence of terms showed that the co-authorships of the two topics did not differ in the correlations between the authors and the MeSH terms with the strongest relationships were SARS-CoV-2, Plant Extracts, COVID-19, Humans, Antiviral Agents and Volatile Oils. It was concluded that medicinal plants, their extracts and essential oils are potentially effective in inhibiting the SARS-CoV-2 virus, with the exception of eucalyptus essential oil, which has the opposite effect in terms of virus infectivity.