Impact of exposure to low levels of mercury on the health of dental workers / Impacto da exposição a baixos níveis de mercúrio sobre a saúde de trabalhadores da odontologia

ABSTRACT

This work evaluated the impact of exposure to mercury on the health of workers comparing dentists and dental assistants exposed to mercury by handling amalgam in a public dental clinic with a reference group which, in private offices, did not make use of the metal in their professional routine. Data collection included mercury levels in urine and air samples determined by cold vapor atomic absorption spectrometry, questionnaires and direct observation. The difference between urine and air samples in both groups was statistically significant while mercury levels in air and urine showed positive associations. Mercury concentration in urine correlated with gender, practice time, and age of workers. Half of those exposed had complaints compatible with mercury contamination. Among the exposed, the most common complaints were cognitive and neurocognitive symptoms. Correlations between symptoms and exposure time and also number of amalgam fillings placed per week were positive. Amalgam handling resulted in environmental and biological contamination by mercury.

RESUMO

Este trabalho avaliou o impacto da exposição ao mercúrio sobre a saúde de trabalhadores, comparando dentistas e auxiliares odontológicos expostos ao mercúrio, pela manipulação de amálgama em uma clínica odontológica pública, com um grupo de referência que, em consultórios particulares, não utilizava o metal em sua rotina profissional. A coleta de dados incluiu os níveis de mercúrio na urina e amostras de ar determinados por espectrometria de absorção atômica com vapor frio, questionários e observação direta. A diferença entre urina e amostras de ar em ambos os grupos foi estatisticamente significativa, enquanto os níveis de mercúrio no ar e na urina mostraram associações positivas. Entre os expostos, as queixas mais comuns referiam- se a sintomas cognitivos e neurocognitivos. Havia correlação entre a concentração de mercúrio na urina e sexo, tempo de prática e idade dos trabalhadores. Metade dos expostos apresentou queixas compatíveis com contaminação por mercúrio. Havia correlações positivas entre sintomas e tempo de exposição e, também, com o número de restaurações de amálgama executadas semanalmente. A manipulação de amálgama resultou em contaminação ambiental e biológica por mercúrio.