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Vulnerabilidade ao estresse e alimentação: um estudo no contexto do trabalho / Stress vulnerability and feeding: a study in the work context
Costa, Francieli Dalla; Teo, Carla Rosane Paz Arruda; Almeida, Josiane Schadeck de.
  • Costa, Francieli Dalla; Serviço Nacional de Aprendizagem Industria. Unidade São Lourenço d'Oeste. São Lourenço do Oeste. BR
  • Teo, Carla Rosane Paz Arruda; Universidade Comunitária da Região de Chapecó. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde. Chapecó. BR
  • Almeida, Josiane Schadeck de; Universidade Comunitária da Região de Chapecó. Área de Ciências da Saúde. Chapecó. BR
Sci. med ; 25(2): ID20372, abr.-jun. 2015.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-832084
RESUMO

Objetivos:

Analisar a vulnerabilidade ao estresse no contexto do trabalho e suas implicações com a alimentação.

Métodos:

Estudo transversal com trabalhadores de uma indústria do estado de Santa Catarina. Os instrumentos utilizados foram a Escala de Vulnerabilidade ao Estresse no Trabalho (EVENT) e um questionário estruturado. Foram analisadas seis variáveis sociodemográficas e ocupacionais (idade, sexo, escolaridade, turno de trabalho, setor/unidade de trabalho, tempo de trabalho), nível de vulnerabilidade ao estresse (segundo a EVENT) e, ainda, cinco variáveis alimentares onde o nível de estresse considerado foi o autorreferido e não a vulnerabilidade avaliada pela EVENT. A análise de dados empregou o teste t de Student e o qui-quadrado de Pearson e de tendência linear, sendo adotado o nível de significância de 5% (p≤0,05).

Resultados:

Foram avaliados 309 industriários, com média de idade de 30,9±10,1 anos e predomínio de mulheres (60,2%). Tinham ensino médio completo 44,7% e ensino fundamental completo 25,5%. O tempo de trabalho na empresa teve mediana de 23 meses (intervalo interquartil 7-57); 81,6% trabalhavam no período diurno e 18,4% no noturno. O escore médio de vulnerabilidade ao estresse foi 22±11,6 pontos; 249 (80,6%) participantes foram classificados nos níveis inferiores de vulnerabilidade ao estresse e 60 (19,4%) nos superiores. Houve associação entre elevada vulnerabilidade ao estresse pela EVENT e alteração autorreferida na alimentação em condições de estresse (p=0,028). A prevalência de elevada vulnerabilidade ao estresse aumentou com o tempo de empresa (p=0,034). Sob estresse autorreferido, as mulheres relataram ter mais fome, alteração na alimentação e preferência por doces (p<0,001).

Conclusões:

O grupo de trabalhadores na indústria apresentou prevalência de níveis inferiores de vulnerabilidade ao estresse, com a pressão no trabalho representando o principal fator estressor. Níveis superiores de vulnerabilidade ao estresse estiveram associados ao aumento do tempo de trabalho na empresa, assim como à percepção de que o trabalho causa estresse e interfere na alimentação. A constatação de que, sob condição de estresse autorreferido relacionado ao trabalho, a prevalência de alteração percebida na alimentação foi maior entre as mulheres, associada ao aumento da fome e à preferência por doces, indica uma maior suscetibilidade deste grupo a essas alterações, com potenciais riscos de agravos à saúde.
ABSTRACT

Aims:

To analyze stress vulnerability in the work context and its effects on feeding.

Methods:

Cross-sectional study of industrial workers from Santa Catarina state, southern Brazil. The occupational stress vulnerability scale (OSVS) and a structured questionnaire were used as instruments. Six sociodemographic and occupational variables (age, sex, schooling, work shift, work sector/unit, duration of employment), level of stress vulnerability (according to the OSVS), in addition to five nutritional variables which took into account self-reported stress rather than the vulnerability evaluated by the OSVS were assessed. Student's t test, Pearson's chi-square test, and linear trend were used for data analysis, and statistical significance was set at 5% (p≤0.05).

Results:

A total of 309 industrial workers were assessed. The mean age was 30.9±10.1 years; 60.2% were women; 44.7% had attended high school; and 25.5% had finished elementary school. The median duration of employment was about 23 months (interquartile range of 7-57); 81.6% worked during the day, and 18.4% at night. The mean score of stress vulnerability was 22±11.6 points; 249 (80.6%) workers were classified at the lower levels of stress vulnerability and 60 (19.4%) at the upper ones. There was association between increased stress vulnerability according to the OSVS and self-reported changes in feeding (p=0.028). The prevalence of high stress vulnerability increased (p = 0.034) with duration of employment (p = 0.034). Under self-reported stress, women had more hunger, changes in feeding, and preference for sweets (p <0.001).

Conclusions:

The industrial workers showed prevalence of lower levels of stress vulnerability, with pressure at work representing the main stressor. Higher levels of stress vulnerability were associated with increased duration of employment as well as with the perception that work causes stress and interferes in feeding. The finding that, under a self-reported occupational stress condition, the prevalence of perceived change in feeding was higher among women, associated with increased hunger and preference for sweets, indicates a greater vulnerability of this group, with potential risks for health problems.


Full text: Available Index: LILACS (Americas) Type of study: Observational study / Prevalence study / Qualitative research / Risk factors Language: Portuguese Journal: Sci. med Year: 2015 Type: Article Affiliation country: Brazil Institution/Affiliation country: Serviço Nacional de Aprendizagem Industria/BR / Universidade Comunitária da Região de Chapecó/BR

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