Perfil sociodemográfico e clínico da população de idosos com transtorno depressivo / Sociodemographic and clinical profile of elderly with depressive disorder

RESUMO

Com o aumento da expectativa de vida, a depressão emerge como o transtorno mais frequente entre os idosos. Em países em desenvolvimento como o Brasil, esse fenômeno não tem sido suficientemente estudado para fornecer os elementos necessários ao desenvolvimento de políticas públicas adequadas à essa população. Sendo assim, este estudo objetivou identificar o perfil sociodemográfico e clínico de idosos diagnosticados com depressão assistidos em uma Unidade Básica de Saúde, do Rio Grande do Sul. Para tanto, realizou-se um levantamento nos prontuários clínicos de indivíduos com 60 anos e mais, considerando variáveis como idade, gênero, estado civil, medicação utilizada e tempo de consumo, atendidos no período de janeiro de 2013 a janeiro de 2014. Identificaram-se 144 prontuários, a maioria mulheres (72,23%), média de idade de 69,7 anos, casadas (78%). A medicação mais utilizada foi a fluoxetina (36, 12%), seguida da amitriptilina (24, 35%) e o tempo de consumo ficou entre dois a três anos (36,8%), seguida de um mês e um ano (29,87%). Desenvolver políticas públicas capazes de atender as mulheres idosas com depressão é uma necessidade premente diante das novas demandas que emergem no cenário brasileiro.

ABSTRACT

With the aging of the world`s population and increased life expectancy, depression has emerged as the most common disorder among the elderly. In developing countries like Brazil, this phenomenon has not yet been sufficiently studied to provide the elements needed to develop appropriate policies public for this population. This way, this study aimed to identify the sociodemographic and clinical profi le of elderly diagnosed with depression treated at a Basic Health Unit, in the state of Rio Grande do Sul. Therefore, we carried out a survey of the number of clinical records of people aged 60 and over, characterizing them according to age, gender, marital status, use of medication. The study included the period January 2013 to January 2014. There were identified 144 protocols, most women (72.23%) with an average age of 69.70 years, married (78%). The most used measurement was the fluoxetine (36,12%) and then amitriptyline (24,35%) and the time consumption was between 2 to 3 years, for (36,80%), followed by a month and a year to (29,87%). Develop public politics capable to attendelderly women with depression is a pressing need against the new demands that arise in the Brazilian scenario.