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Tratamento da Insônia em Atenção Primária à Saúde / Treatment of Insomnia in the Primary Health Care / Tratamiento del Insomnio en Atención Primaria
Ribeiro, Nelson Ferreira.
  • Ribeiro, Nelson Ferreira; Unidade de Saúde Familiar Santa Clara. Vila do Conde. PT
Rev. bras. med. fam. comunidade ; 11(38): 1-14, jan./dez. 2016. ilus, figura
Article in Portuguese | LILACS, ColecionaSUS | ID: biblio-878054
RESUMO
A insônia é uma das perturbações do sono mais comuns, sendo uma das principais queixas dos pacientes que recorrem aos cuidados médicos. A perturbação de insônia está associada a aumento da morbimortalidade por doenças cardiovasculares, psiquiátricas e acidentes, estando igualmente associada a maior absentismo laboral e maiores custos em saúde. Foram pesquisadas normas de orientação clínica, revisões sistemáticas, meta-análises e estudos originais, publicados entre 2010 e 15 de maio de 2015, relacionados com o tratamento da insônia. O tratamento da insônia pode iniciar-se por terapia cognitivo-comportamental, tratamento farmacológico ou associação dos dois. A terapia cognitivo-comportamental é considerada por várias sociedades médicas como tratamento padrão, sendo que os estudos comprovam a sua eficácia no tratamento da insônia sem ou com comorbilidades e com manutenção a longo prazo dos seus efeitos. Esta compreende múltiplas estratégias, como controle de estímulo, restrição do sono, relaxamento, terapia cognitiva e intenção paradoxal. A farmacoterapia deve ser considerada em situações agudas com necessidade de redução imediata dos sintomas. Os fármacos hipnóticos têm indicação no tratamento da insônia quando os sintomas assumem caráter patológico. Os antidepressivos sedativos, apesar de comumente utilizados, não reúnem evidência da sua eficácia, com exceção da insônia associada a sintomas depressivos ou de ansiedade ou em pacientes com abuso de substâncias. Assim, dada a prevalência de queixas de insônia em atenção primária à saúde, o médico de família deve conhecer a melhor abordagem para o seu tratamento, quer seja farmacológico ou não farmacológico, e os critérios de referenciação.
ABSTRACT
Insomnia is one of the most common sleep disorders and one of the main complaints of patients that search for medical care. Insomnia disorder is associated with increased morbidity and mortality from accidents, cardiovascular and psychiatric diseases and it is associated with increased absenteeism and higher healthcare costs. We conducted a survey of clinical guidelines, systematic reviews, meta-analyzes and original studies published between 2010 and May 15 2015, concerning insomnia treatment. Treatment of insomnia can begin by cognitive behavioral therapy, pharmacologic treatment or a combination of both. Cognitive behavioral therapy is considered by several medical societies as the standard treatment of insomnia, and studies prove its effectiveness in treating insomnia with or without comorbidities and long-term maintenance of its effects. This comprises multiple strategies such as stimulus control, sleep restriction, relaxation, cognitive therapy and paradoxical intention. Pharmacologic therapy should be considered in acute situations requiring immediate reduction of symptoms. Hypnotic drugs are indicated when insomnia symptoms assume pathological nature. Sedative antidepressants, although generally used, lack evidence of effectiveness, with the exception of insomnia associated with depressive symptoms or anxiety or substance abuse users. Thus, given the prevalence of insomnia symptoms in primary health care, the family physician must know the best approach to its treatment, either pharmacologic or non-pharmacologic, and referral criteria.
RESUMEN
El insomnio representa uno de los trastornos del sueño más comunes y una de las principales quejas de los pacientes que recurren a la atención médica. El insomnio está asociado al aumento de morbimortalidad por enfermedades cardiovasculares, psiquiátricas y accidentes, estando asociado de la misma forma a mayor absentismo laboral y mayor gasto en salud. Se procedió a la revisión de todas las directrices clínicas, meta-análisis, revisiones sistemáticas y estudios originales, publicados entre 2010 y 15 de mayo de 2015, relacionados con el tratamiento del insomnio. La intervención en el insomnio puede comenzar con la terapia cognitivo-conductual, tratamiento farmacológico o una combinación de ambos. La terapia cognitiva conductual es considerada por varias sociedades médicas como tratamiento estándar del insomnio. Los estudios demuestran su eficacia en el tratamiento de esta condición con o sin comorbilidades asociadas, bien como el mantenimiento a largo plazo de sus efectos. Ella incluye estrategias como el control de estímulos, restricción del sueño, la relajación, la terapia cognitiva y los consejos paradójicos. Por otra parte, la terapia farmacológica se debe considerar en situaciones agudas que requieren reducción inmediata de los síntomas. Fármacos hipnóticos están indicados cuando los síntomas del insomnio asumen carácter patológico. Antidepresivos sedantes, aunque comúnmente utilizados, no tienen pruebas de su eficacia, con la excepción del insomnio asociado con síntomas depresivos, ansiedad o en los consumidores de sustancias. Por este motivo, dada la prevalencia de quejas de insomnio en la atención primaria de salud, el médico de familia debe conocer el mejor enfoque para su tratamiento, ya sea farmacológico o no farmacológico, y criterios de derivación.
Subject(s)


Full text: Available Index: LILACS (Americas) Main subject: Primary Health Care / Sleep Initiation and Maintenance Disorders Type of study: Practice guideline / Qualitative research / Risk factors Language: Portuguese Journal: Rev. bras. med. fam. comunidade Year: 2016 Type: Article Institution/Affiliation country: Unidade de Saúde Familiar Santa Clara/PT

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