Vulnerabilidade à Hepatite B entre Adolescentes Jovens da Rede Pública de Ensino / Vulnerability to Hepatitis B among Young Adolescents of the Public-School Network

RESUMO

Objetivo: Analisar a vulnerabilidade entre adolescentes jovens da rede pública de ensino quanto à exposição ao vírus da hepatite B e situação vacinal. Material e Métodos: Estudo transversal e quantitativo, com abordagens descritiva e analítica, realizado com 1.061 estudantes de 15 a 19 anos matriculados no ensino médio da rede pública dos municípios de Lagarto e Tobias Barreto, Sergipe, Brasil. Os dados foram obtidos por meio de questionário sobre características sociodemográficas e comportamentos de risco (n=1.061) e formulário de avaliação da situação vacinal contra hepatite B (n=183). Foram utilizadas as técnicas univariada e bivariada para realização das análises estatísticas. Resultados: Houve elevada exposição aos fatores de risco para hepatite B entre os participantes do estudo (68,4%; n=726), dentre os quais se destacaram o uso de materiais da manicure (45,3%; n=481), compartilhamento de escova dental (25,4%; n=269) e relações sexuais sem preservativo (19,5%; n=207). Os comportamentos de risco foram associados à faixa etária (53% com 17 a 19 anos; n=385; p=0,03), ao sexo (72,7% do sexo feminino; n=524; p=0,00) e à zona de moradia dos estudantes (54,4% da zona urbana; n=395; p=0,00). A taxa de imunização contra hepatite B foi de 88% e a ausência do esquema vacinal completo se mostrou associada à faixa etária (63,6% com 17 a 19 anos; n=14; p=0,03) e à moradia (81,8% da zona urbana; n=18; p=0,00). Conclusão: Os adolescentes jovens dos municípios estudados foram considerados vulneráveis à hepatite B, pois apresentaram comportamentos de risco para exposição viral e muitos deles não estavam imunizados. (AU)

ABSTRACT

Objective: To analyze the vulnerability of young adolescents attending public schools to hepatitis B virus exposure and their vaccination status. Material and Methods: This is a cross-sectional and quantitative study, with descriptive and analytical approaches, carried out with 1,061 students aged 15 to 19 years enrolled in a high school of the public network in Lagarto and Tobias Barreto, Sergipe, Brazil. The data were obtained through a questionnaire addressing sociodemographic features and risk behaviors (n=1.061) and by the analysis of vaccination history (n=183). Univariate and bivariate descriptive statistical tests were used. Results: There was a high exposure to some risk factors for hepatitis B among the participants of this study (68.4%; n=726), including the use of manicure materials (45.3%; n=481), toothbrush sharing (25.4%; n=269), and sexual intercourse without condoms (19.5%; n=207). These risk behaviors were associated with the age group (53% aged 17 to 19 years; n=385; p=0.03), gender (72.7% females; n=524; p=0.00) and zone of residence of the students (54.4% urban zone; n=395; p=0.00). The rate of immunization against hepatitis B was 88% and the absence of a complete vaccination history was associated with the age group (63.6% aged 17 to 19 years; n=14; p=0.03) and residence (81.8% urban zone; n=18; p=0.00). Conclusion: The young adolescents surveyed were considered vulnerable to hepatitis B because they exhibited behaviors that put them at risk for viral exposure, and many of them were not immunized. (AU)