Assistência à saúde da criança com câncer: o que refletem as produções científicas nacionais?

RESUMO

A oncologia pediátrica foi organizada na Europa durante a década de 70, mas na maioria dos países isso aconteceu na década de 80 e 90. No Brasil, a partir dos dados obtidos do registro de câncer de base populaciona~ observou-se que câncer infantil varia de 1 a 4,6% e que essa especialidade é contemporânea e seu saber e fazer estão em processo de construção. Para tanto, pretendeu-se selecionar as produções científicas nacionais da temática de câncer em crianças; caracterizá-Ias segundo as variáveis ano, região, subárea e tipo de estudo; e analisar sua tendência e natureza. Trata-se de um estudo de revisão, com abordagem descritiva quantiqualitativa. A busca bibliográfica foi efetuada na base de dados LILACS. Foram selecionados para análise 44 artigos, nos quais, a região brasileira com maior destaque foi a Sudeste, seguida pelo Sul. A primeira publicação de acesso on-line na íntegra foi de 1982, ocorrendo um crescente aumento das produções entre 2000 e 2007. Na área das ciências da saúde, destacaram-se as produções tipo pesquisa, nas subáreas da enfermagem e medicina, com predomínio das áreas clínico-epidemio lógicas seguidas das sócio-culturais, revelando-se absolutamente curativas. Concluiu-se com este estudo o quanto é complexo o processo de adoecimento da criança com câncer e o prejuízo bio-psico-social que afeta a criança, a família e os profissionais envolvidos neste processo. A oncologia pediátrica configura um desafio para os pesquisadores e para a equipe multiprofissional, tanto na prevenção quanto no cuidado paliativo, evidenciando que estas ações ainda representam lacunas na produção científica nacional.