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Análise eletromiográfica dos músculos estabilizadores da escápula durante o exercício push up em atletas universitários com e sem síndrome do impacto do ombro / Electromyographic analysis of the stabilizing muscles of the scapula during exercise push up in university athletes with and without shoulder impact syndrome
Boroto, Luana; La Torre, Marcelo; Dhein, William.
  • Boroto, Luana; Graduada em Fisioterapia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). São Leopoldo/RS. BR
  • La Torre, Marcelo; Professor Doutor da Universidade do Vale do Rio do Sinos (UNISINOS). São Leopoldo/RS. BR
  • Dhein, William; Professor Mestre do Centro Universitário da Serra Gaúcha (FSG). São Leopoldo/RS. BR
Fisioter. Bras ; 19(S4): S:2-S:3, 2018.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-948596
RESUMO

Introdução:

A Síndrome do Impacto do Ombro (SIO) caracteriza-se por uma compressão mecânica das estruturas localizadas no espaço subacromial, envolvendo, os músculos do manguito rotador, bursa subdeltóidea e cabeça longa do bíceps braquial. Esta condição dolorosa é comum em atletas, sendo um dos fatores relacionados o desequilíbrio muscular dos estabilizadores da escápula [1]. Estes desequilíbrios musculares geram compensações biomecânicas que podem ser avaliadas por meio da eletromiografia de superfície. Indivíduos com SIO geralmente apresentam aumento da atividade do músculo trapézio superior (TS) e diminuição da atividade dos músculos Serrátil Anterior (SA), Trapézio Médio (TM) e Trapézio Inferior (TI). Dessa forma, são indicados em protocolos de tratamento exercícios que busquem promover um maior recrutamento de TI e SA para reestabelecimento de uma adequada cinemática escapular [2]. Neste sentido, exercícios em cadeia cinética fechada são comumente empregados no processo de reabilitação justamente por terem como objetivo o recrutamento dos músculos estabilizadores da escápula [3]. Sendo assim, a análise do comportamento mioelétrico dos estabilizadores da escápula em atletas com e sem SIO pode fornecer indícios que auxiliem o fisioterapeuta na tomada de decisão durante o processo de reabilitação.

Objetivo:

Comparar a atividade eletromiográfica (EMG) dos músculos TS, TM, TI e do SA, durante a realização do exercício push up em atletas universitários com e sem SIO. Material e

métodos:

O presente estudo possui caráter quantitativo, observacional e transversal. Participaram 10 atletas universitários do sexo masculino, com faixa etária entre 18 e 35 anos, participantes das equipes esportivas de voleibol e handebol de uma Universidade da região do Vale do Rio dos Sinos, estes foram divididos em dois grupos. O primeiro grupo foi composto por 5 atletas que possuíam diagnóstico clínico de SIO confirmado por ecografia ou ressonância magnética e que apresentaram sinal positivo em pelo menos um teste ortopédico (Neer, Jobe, Hawkins Kennedy e Gerber). Já o grupo sem SIO foi composto por 5 atletas sem histórico de lesão no complexo do ombro. A atividade EMG dos músculos TS, TM, TI e SA foi registrada por meio do eletromiógrafo (EMG System), com taxa de amostragem de 2000 Hz. A atividade EMG de cada músculo foi obtida durante a realização do exercício push up e de 3 contrações isométricas voluntárias máximas (CIVM) para cada músculo. A análise dos dados EMG foi realizada no software BIOMEC-SAS, onde os dados de CIVM e push-up foram filtrados com um filtro digital, Butterworth, 4ª ordem, passa-banda de 20 a 500 Hz. Foi realizado o cálculo do envelope RMS com janelamento Hamming de 0,5 segundos e o exercício de push up normalizado pelo pico da CIVM. Os valores de pico do exercício push up foram utilizados para comparação dos grupos. A análise estatística foi realizada no software SPSS 20.0, por meio da ANOVA oneway, sendo o nível de significância adotado de 5%.

Resultados:

Podemos observar diferença para o músculo TI (p=0,019), sendo que os atletas sem SIO, demostraram um maior valor de média da atividade EMG (37,59±16,43 % CIVM) quando comparados aos atletas com SIO (21,46±11,3 % CIVM). Também foi observado diferença para o músculo SA (p=0,016), onde os atletas sem SIO apresentaram um maior valor de média de atividade EMG (30,80±13,94 % CIVM) quando comparado com os atletas com SIO (18,86±13,57 % CIVM). Já para o músculo TS não houve diferença na atividade EMG entre atletas com SIO (9,2±11,6 % CIVM) e sem SIO (11,1±9,9 % CIVM).

Conclusão:

No exercício push up os atletas sem SIO demonstraram maior atividade EMG dos músculos TI e SA, quando comparado com os atletas com SIO. Já para o músculo TS não houve diferença na atividade EMG, entre os atletas com e sem SIO, resultado este, que pode ser considerado positivo, pois indivíduos com SIO, costumam apresentar uma maior ativação EMG do TS, assim o exercício de push up, apesar de demostrar as diferenças entre TI e SA, usualmente em pacientes com SIO, não constatou-se compensações no músculo TS, fazendo este um exercício indicado no plano de tratamento fisioterapêutico. (AU)
Subject(s)

Full text: Available Index: LILACS (Americas) Main subject: Shoulder Impingement Syndrome / Electromyography Type of study: Practice guideline / Prognostic study Limits: Humans Language: Portuguese Journal: Fisioter. Bras Journal subject: MEDICINA FISICA E REABILITACAO Year: 2018 Type: Article / Congress and conference Affiliation country: Brazil Institution/Affiliation country: Graduada em Fisioterapia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)/BR / Professor Doutor da Universidade do Vale do Rio do Sinos (UNISINOS)/BR / Professor Mestre do Centro Universitário da Serra Gaúcha (FSG)/BR

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