The effects of fish feeding by visitors on reef fish in a Marine Protected Area open to tourism / O efeito da alimentação artificial em peixes recifais em uma Área Marinha Protegida com atividade turística

ABSTRACT

Abstract Coral reef-based tourism has risen sharply across the globe, coupled with an increase in fish feeding by visitors. Studies indicate that fish feeding is one of the leading causes of changes in distribution patterns, abundance, the structure of marine fish communities, and fish behavior. The aim of this study was to determine the effect of human presence and fish feeding on the behavior of reef fish by conducting in situ experiments in tide pools in a Marine Protected Area located at the northern limit of the Abrolhos Bank in the South Atlantic Ocean. Eight feeding sessions were conducted and filmed, resulting in a total of 160 minutes of video footage. Each filming session recorded four different experimental conditions alternating between human presence, human absence, and fish feeding. Our findings suggest that fish feeding may cause changes in fish behavior, such as habituation to human presence, conditioning to fish feeding, increased aggressiveness, attacks on humans, and short-term changes in species distribution. The continuation of fish feeding over time can cause an increase in the size of the populations of species that consume food provided during feeding and consequently trigger changes in the structure of communities.

RESUMO

Resumo O uso turístico de recifes de corais tem aumentado fortemente em todo o mundo, e com ele o fornecimento de alimento aos peixes por humanos. Porém, estudos indicam essa atividade como causa de distúrbios nos padrões de distribuição, abundância, estrutura da comunidade e comportamento de peixes marinhos. O objetivo deste estudo foi determinar o efeito da presença humana e da alimentação artificial no comportamento dos peixes recifais, através de experimentos in situ realizados em piscinas de maré de uma Área Marinha Protegida no limite Norte do Banco dos Abrolhos, Atlântico Sul. Para isso foram realizadas 8 sessões (160 min) de filmagem remota do experimento de alimentação artificial. Cada sessão de filmagem registrou quatro tratamentos, os quais alternavam momentos de presença e ausência humana, e de alimentação dos peixes.Os resultados encontrados indicam que a alimentação artificial tem provocado alterações comportamentais nos peixes como a habituação à presença humana, condicionamento à oferta de alimento, aumento da agressividade, ataques a humanos e alterações na distribuição das espécies em curto prazo. A permanência da atividade de alimentação artificial, ao longo do tempo, pode provocar o aumento das populações que consomem o alimento oferecido e consequentemente, desencadear alterações na estrutura da comunidade.