Peste suína clássica: II. Estudo sobre um vírus amostra chinesa, adaptado ao cultivo celular (amostra Porto Alegre) / Classical swine fever: II. A study of a chinese strain adapted in tissue culture (Strain Porto Alegre)

RESUMO

Uma amostra genuína chinesa foi adaptada em cultura de células de linhagem de rim de coelho (RK13), através de passagens sucessivas e clonagem, na temperatura de 37§ C. Na décima passagem, após a clonagem, a semente foi liofilizada e estocada a - 70§ C. A partir dessa semente, entäo denominada da Cepa Porto Alegre (CPA), foram produzidas várias suspensöes víricas com as quais preparou-se uma vacina experimental. As características "in vitro" e "in vivo" da amostra CPA foram entäo estudadas. "In vitro", a amostra de vírus cresce regularmente em células RK13, demonstrada pelo teste e imunofluorescência direta com formaçäo de grandes placas de células com citoplasma fluorescente. Entretanto a amostra CPA näo cresceu em células PK15 nas primeiras 5 passagens. "In vivo" a amostra CPA näo provocou fluorescência em tecido de suínos vacinados, mas é hipertermizante para coelhos. O vírus liofilizado resistiu bem a 27§ C, durante 5 meses e por 12 meses na temperatura entre 15 e 36§ C. Reconstituído com o respectivo diluente e mantido a 25-26§ C, manteve título infeccioso estável por 24 horas e conferiu 100//de proteçäo em vacinas até 72 horas pós diluiçäo. Esta amostra näo mostrou virulência residual para suínos imunodeprimidos e é inócua para porcas gestantes, a partir de 40 dias da cobertura. Näo possui capacidade de difusäo de suíno para suíno, e näo foi possível recuperar o vírus de órgäos de suínos, após 42 dias de vacinaçäo. A amostra CPA só pode ser recuperada do suíno, através de inoculaçäo de macerado de baço em coelhos, por via endovenosa. Os suínos vacinados e desafiados 14 dias após foram 100//protegidos, näo havendo pique febril causado pelo vírus de desafio