Estudo sobre a prática ortodôntica no Brasil / Orthodontic practice study in Brazil

RESUMO

Este trabalho é um levantamento a nível nacional sobre a atividade clínica ortodôntica, realizado no Brasil entre junho e agosto de 1992, junto aos ortodontistas registrados no Conselho Federal de Odontologia até 10 de maio de 1992. Foram investigados, através de questionário enviado pelo correio, aspectos técnicos, clínicos e administrativos, além de indicaçäo e produtividade dos consultórios. Dos 1597 ortodontistas contactados, 250 responderam (15,65 por cento). Foram obtidas as seguintes medianas do ortodontista brasileiro: 42 anos de idade, há 16 atua no consultório, atende 150 pacientes ativos, dentre os quais 30 säo adultos. Trabalha quatro dias por semana e atende dezesseis pacientes diários. A ortopedia funcional é praticada por 70,78 por cento da amostra, sendo o bionator o dispositivo mais popular (75 por cento). As técnicas fixas têm a seguinte ordem de preferência: arco de canto - Edgewise - clássica (52,36 por cento), bioprogressiva (35,62 por cento), arco contínuo (32,62 por cento), forças direcionais (17,60 por cento), Begg (13,9 por cento) e arco segmentado (8,58 por cento). Testes estatísticos foram aplicados, entre as médias de pacientes ativos de sete amostras separadas por técnica ortodôntica e houve diferença significante (p<=0,010), quando comparadas as técnicas do Arco Contínuo e Standard Edgewise. Näo houve diferença estatística (p0,010) entre as médias das jornadas destas sete técnicas. Entre idade dos ortodontistas e número de pacientes ativos näo houve diferença estatística significante. A fonte de pacientes (indicaçöes) vem, em média 42,0 por cento das vezes dos próprios pacientes e em 44,34 por cento através de colegas dentistas, sendo que destes, duas vezes mais de clínicos-gerais em relaçäo aos especialistas. Os ortodontistas com mais tempo de atividade recebem proporcionalmente mais pacientes indicados pelos outros pacientes, em comparaçäo aos mais jovens