Sífilis congênita em uma populaçäo de recém-nascidos e lactantes, do Hospital Geral de Goiânia-INAMPS (1983-1988) / Congenital syphilis on a new-borns population and lactents of Goiânia's General Hospital HCG-Inanps (1983-1988)

RESUMO

Estudou-se a incidência da sífilis congênita precoce em uma amostra de abortamento tardio, recém-nascidos (pré-termo, a termo e pós-termo) e lactentes de um hospital de referência (HGG-INAMPS), durante o período de julho de 1983 a julho de 1988. O diagnóstico nos RN foi estabelecido pela sorologia positiva (VDRL e FTA - ABS) no sangue do cordäo umbilical colhido na sala de parto, acompanhada de alteraçÆes histopatólogicas placentárias. Os títilos do VDRL nos RN foram comparados aos títulos maternos. Verifica-se que a sífilis se mostrou uma doença de elevada incidência principalmente enre RNPT (14,4(pôr cento)) e abortamentos tardios (22,7(pôr cento)), tendo sido responsável por elevada mortalidade fetal entre os atingidos, sendo de 56,5(pôr cento) entre RNPT e 13,3(pôr cento) entre os RNT. Também foi causa importante de desnutriçäo intra-uterina, sendo 29,4(pôr cento) entre RNPT e de 33,3(pôr cento) entre os RNT. Quanto à presença de sinais clínicos sugestivos entre os RN estes foram de 41,2(pôr cento) entre os RNPT e 50(pôr cento) entre os RNT. Além do mais, a sífilis aumentou a incidência de complicaçÆes neonatais entre os RNTP (72,7(pôr cento)) e RNT (34.6(Pôr cento)), e também aumentou a possibilidade de morte neonatal entre os RNPT (27,3(pôr cento)). Entre os lactentes, dois tiveram sinais clínicos após o 3§mês de vida, quando o tratamento näo impede as seqüelas de hipersensibilidade (juntas de Clutton, surdez e cegueira). Esses dados demonstram a necessidade de um diagnóstico preventivo (na gestaçäo), devendo a sífilis fazer parte da rotina pré-natal nos 3 trimestres da gravidez e da rotina neonatal nos RN cujas mäes se submetem à rotina pré-natal