Incidência de hipoxemia em crianças submetidas a caterismo cardíaco / Incidence of hipoxemia during cardiac catherization in children

RESUMO

Com objetivo de investigar a incidência e o grau de hipoxemia durante anestesia geral para cateterismo cardíaco em crianças, foram estudados 50 pacientes submetidos a este exame monitorizados com oxímetro de pulso. Estas crianças foram anestesiadas com quetamina, 1 mg.Kg elevado e menos 1, midazolam, 0,1 mgKg elevado a menos 1 associados ao fentanil, 1 ug.Kg elevado a menos 1 (grupo F, n=26) ou näo (grupo SF, n=24). Quando necessário era repetida a dose de quetamina até no máximo a dose inicial. Vinte crianças eram cianóticas e 30 acianóticas. A média e DP da idade dos grupos F e SF foram, respectivamente, 31,14ñ 21,56ñ e 33,02ñ 32,50 meses. Os pacientes do grupo F necessitaram menos quetamina (1,44ñ 0,60 mg.Kg elevado a menos 1) que os do grupo SF (2,35ñ 1,08 mg.Kg elevado a menos 1). Segundo a gravidade, a hipoxemia foi classificada em leve (L), moderada (M) ou grave (G) quando a saturaçäo de oxigênio (SpO2) fornecida pelo oxímetro de pulso indicava reduçäo de 5, 10 ou mais de 10 por cento respectivamente; 30 por cento dos pacientes apresentaram pelo menos um episódio de dessaturaçäo grave que aconteceu logo após a injeçäo das drogas anestésicas no grupo F, após insuflaçäo do cateter com baläo em vasos pulmonares, após injeçäo de contraste em artéria e veia pulmonar, após tosse, devido à espasmo de infundíbulo de ventrículo direito em um paciente com tetralogia de Fallot e sem relaçäo aparente com nenhum fator. Como o cateterismo cardíaco é um exame que requer respiraçäo espontânea com ar ambiente, está sujeito à vários episódios de hipoxemia conforme demonstrado, e como é realizado em local com pouca iluminaçäo, julgamos essencial a monitorizaçäo de forma contínua da SpO2 com o oxímetro de pulso