Suscetibilidade de cepas de Candida albicans isoladas da boca de pacientes com aids ou câncer a drogas antifúngicas / Antifungal drugs susceptibility of strains of C. albicans isolated from oral specimens of cancer and aids patients

RESUMO

A ocorrência de candidose bucal é comum em pacientes com alteraçöes imunológicas. O surgimento da AIDS, bem como o tratamento das neoplasias malignas, entre outros fatores, resultaram em maior frequência destas infecçöes, elevando os índices de morbidade e mortalidade. Assim estudamos, a suscetibilidade de 30 cepas e C. albicans, isoladas da boca de pacientes portadores da AIDS(10) e câncer de cabeça e pescoço (20), por meio do estabelecimento das Concentraçäo Inibitória Mínima (CIM) e Concentraçäo Fungicida Mínima (CFM) de compostos antifúngicos como anfotericina B (AnB-Poliênico), miconazol, cetoconazol (imidazóicos) e fluconazol (triazóico), pela técnica de diluiçäo em ágar. Os resultados obtidos, revelaram baixas CIMs e CFMs da AnB para todas as leveduras avaliadas, a exceçäo de uma única amostra. Frente ao miconazol e cetoconazol, a grande maioria dos isolados de C. albicans, tanto de portadores da AIDS como do câncer, a droga apresentou CIM<8,0µg/ml, sendo alta a CIM do fluconazol para as cepas isoladas de portadores de câncer. Frente aos azóis, mais de 95 por cento das cepas de C. albicans isoladas nos dois grupos de pacientes com câncer, as drogas apresentaram CFM > 16,0µg/ml. Concluiu-se que a AnB continua sendo in vitro o agente antifúngico com melhor indicaçäo para o tratamento das candidoses nestes casos. Os imidazóicos, apresentaram boa atividade inibitória, porém, näo fungicida. O fluconazol, mostrou baixa açäo fungistática contra as cepas isoladas de portadores de câncer em relaçäo aos outros azóis, sugerindo o desenvolvimento de resistência à droga por esses microrganismos, mesmo considerando-se possível falta de correlaçäo entre os testes in vitro e a resposta clínica