Os enxertos ósseos na correçäo das deformidades do dorso osteocartilaginoso do nariz / Osteocartilaginous nasal dorsum deformities corrected by bone grafts

RESUMO

Os autores discorrem sobre nariz em sela e de boxeador e sobre a etiologia dessas deformidades (traumas, infecçöes, iatrogênicas). A correçäo (tratamento) pode ser feita com enxertos ou inclusöes. Os autores preferem os enxertos ósseos autoplásicos e ortotópicos sobre as inclusöes. Acham que os enxertos de cartilagem, quando frescos, estäo sujeitos a se deformarem. Qaundo "conservados" eles perdem a sua condiçäo de "enxerto" para assumirem o estado de "inclusäo". Preferem os enxertos ósseos por varias razöes: método biológico, resultados bons e definitivos, execuçäo rápida (cerca de 30 min), anestesia local, pequena porcentagem de complicaçöes, possibilidade de execuçäo em ambulatório, economia, ausência de necessidade de síntese óssea, etc. Discorrem sobre as normas técnicas indispensáveis para o êxito dos enxertos ósseos e sobre a operaçäo propriamente dita. A seguir fazem uma série de consideraçöes e comentários, mostrando que a maior porcentagem de complicaçöes se relaciona com os doentes de hanseníase. Até o momento operou um total de 273, dos quais 98 eram hansenianos. Nos 175 casos de etiologia variada (näo-leprosos), tiveram 2,8 por cento de complicaçöes (cinco casos). Os autores preferem os enxertos da tíbia sobre os de costela e íleo devido à maior dureza e resistência, fatores importantes na sustentaçäo da ponta do nariz, uma vez que o método se baseia no princípio do 1º gênero ou interfixas. Referem ter penetrado o seio frontal sem maiores consequências. Mostram detalhadamente a evoluçäo radiológica dos enxertos ósseos durante mais de 40 anos