Consideraçöes sobre cardiotocografia anteparto e índices de mortalidade perinatal / Respect antepartum cardiotocography and perinatal mortality rates

RESUMO

Estudaram-se 8.733 nascimentos consecutivos no Hosptial Universitário de Santa Maria (HUSM), onde foi observado um total de 205 (2,34 por cento) natimortos e 108 (1,23 por cento) neomortos. De todos os recém-nascidos, 546 (6,3 por cento) realizaram monitoragem anteparto (MAP). Dos 8.187 recém-nascidos (RN sem, MAP, houve 193 (2,35 por cento) natimortos e 99 (1,20 por cento) neomortos. Dos que realizaram MAP, 12 (2,19 por cento) nasceram mortos e nove (1,65 por cento) foram neomortos. Dentre os 546 RN com MAP, 375 (68,7 por cento) realizaram o exame num período de tempo menor ou igual 7 dias de parto. Destes, seis nasceram mortos (1,60 por cento). Dos 171 que tiveram parto em tempo superior a sete dias do exame, seis (3,63 por cento) nasceram mortos. Näo houve associaçäo estatisticamente significante entre a cardiotocografia anteparto realizada em períodos de tempo menor ou igual 7 dias e maior 7 dias do parto e natimortalidade. Näo houve associaçäo significativa entre a näo realizaçäo de MAP e a realizaçäo do exame em tempo menor ou igual 7 dias do parto com a natimortalidade, assim como näo houve associaçäo entre a näo realizaçäo de MAP e a realizaçäo do exame em tempo maior 7 dias do parto e a natimortalidade. Os resultados permitem concluir que embora näo se encontreasse associaçäo significante entre as populaçöes monitorizadas e näo monitorizadas, em funçäo da natimortalidade, o obituário intra-uterino foi menor no grupo monitorizado com tempo menor ou igual 7 dias do parto, quando comparado com o percentual de óbitos tanto do grupo monitorizado cujo tempo foi superior a sete dias do parto, que foi maior que o dobro, quanto ao da populaçäo geral de RN, tanto monitorizada quanto näo monitorizada