A formação analítica em nossos dias: um analista para nossos tempos / Analytical training nowadays: an analyst for our times

RESUMO

A autora faz a formulação do tema proposto tomando o conceito de complexo de Édipo como a invariância, a estrutura, o moinho que opera o núcleo analítico e que se faz presente na formação, e de como essa estrutura que é perene se aninha em determinado contexto histórico. Para iluminar essa questão entendeu que a lógica que melhor articula a questão do Édipo, que é a ligação entre a natureza e a cultura, está em Freud. A partir dessa ligação, que encontra no movimento do pensamento freudiano, expande o tema, na interface da psicanálise com outros campos do conhecimento na cultura moderna e na cultura contemporânea da pós-modernidade. A autora encontra nessa ligação o que subjaz, o que é próprio do ser humano. E o que é próprio do ser humano? A luta, o conflito, o mal-estar entre a sua natureza selvagem ligada a pulsões e desejos e o imperativo categórico dado pela civilização. Nesse sentido, a autora está atenta para aquilo que considera as imbricações do pensamento psicanalítico em seu empenho para manter a noção de conflito como geratriz do próprio pensar e como essa noção também se inscreve na tradição moderna da proposição trágica