Taxa de näo retorno ao cio em 60 dias e taxa de prenhez em bovinos / Relationship of cattle pregnancy rates to non-return rates at 60 days

RESUMO

Estudou-se o número de animais gestantes entre aqueles cujos sinais de cio näo foram observados até 60 dias após a inseminaçäo artificial (IA) ou monta natural controlada (MNC). As observaçöes foram efetuadas em quatro fazendas dos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, por um período de quatro anos. A identificaçäo de cios foi feita pela observaçäo visual, três vezes aO dia (manhä, meio-dia e entardecer), com duraçäo mínima de 30 minutos em cada período de observaçäo, e auxílio de rufiäo sem buçal marcador em duas fazendas. Os animais que näo retornaram ao cio até 60 dias após a IA ou MNC foram submetidos a exame ginecológico por palpaçäo retal, para confirmaçäo da prenhez. De 720 fêmeas bovinas inseminadas ou servidas pelo reprodutor, 497 (69 por cento) näo foram vistas em cio até 60 dias após e 446 (62 por cento) estavam prenhes, confirmadas pela palpaçäo. A diferença entre TNR e taxa de prenhez foi de 7 por cento (P>0,02). Dos animais suspostamente gestantes pela TNR, 32 (68 por cento) apresentavam-se em anestro e 19 (37 por cento) com atividade ovariana luteal cíclica (AOLC), cujos cios näo foram observados. Conclui-se que a TNR pode ser usada para predizer a taxa de prenhez em fazendas que näo dispöem de assistência médico-veterinária para controle ginecológico periódico, desde que seja instalado um eficiente sistema de identificaçäo de cios