Estudo clínico patológico e imunohistoquímico do carcinoma sebáceo da pálpebra / Clinical Pathological and immunohistochemical study of sebaceous carcinoma of the eyelid

RESUMO

A freqüência de lesões cutâneas malignas das pálpebras tem aumentado consideravelmente e dentre elas o carcinoma de glândulas sebáceas tem destacada importância. Os dados estatísticos das lesões palpebrais indicam que o carcinoma sebáceo é o 21 tumor maligno mais freqüente desta região, sendo suplantado apenas pelo carcinoma basocelular. Outra característica importante é a multiplicidade de aspectos clínicos e histopatológicos que esta neoplasia pode apresentar, levando por muitas vezes à um diagnóstico equivocado ou tardio. Entendendo-se que o diagnóstico preciso e precoce é um dos fatores mais importantes no tratamento e prognóstico da doença, e que em biópsias pequenas o diagnóstico histopatológico pode ser difícil, é de extrema relevância o estudo de novas técnicas de imunohistoquímica para o diagnóstico mais preciso desta enfermidade. O presente estudo tem por objetivos discutir as dificuldades diagnosticas do carcinoma de glândulas sebáceas; analisar os diversos fatores prognósticos, clínicos e histopatológicos e, compará-los com o seguimento cuidadoso do paciente- além de utilizar método imunohistoquímico através de anticorpos mono e policlonais e testar sua especificidade e sensibilidade nos casos de carcinoma de glândulas sebáceas. Trinta e três pacientes portadores de carcinoma sebáceo da pálpebra, diagnosticados clínica e histopatologicamente, provenientes dos Departamentos de Oftalmologia e de Patologia da Universidade McGill, Montreal - Canadá, foram estudados no período entre 1993 e 1999 (7 anos). De acordo com protocolo de estudo iniciado em 1993, foram analizados os dados concernentes a idade, sexo, localização da lesão e duração dos sinais e sintomas. Quanto ao diagnóstico anátomo-patológico, levou-se em conta também, o grau de diferenciação, o grau de invasão profunda da neoplasia e a presença ou não de invasão pagetóide do epitélio palpebral e/ou conjuntival. Em todos os casos, a imunohistoquímica com a técnica da peroxidase-antiperoxidase (PAP), foi utilizada para pesquisa de antígenos e anticorpos mono e policlonais a saber- BRST l (Daco Co.) - Mpnoclonal, BRST 2 (Daco Co.) - Policlonal, Antígeno carcinoembrionário (CEA) (Enzo Lab.) - Monoclonal. O resultado demonstra que 20 pacientes são so sexo frminino (60,6 por cento) e 13 do sexo masculino (39,4 por cento). A idade média é de 66,78 anos, variando de 50 à 78 anos de idade. Quatorze pacientes (42,4 por cento) apresentaram sintomas com duração de até seis meses...(au)