Abuso físico: o perfil do agressor e da criança vitimizada / Physical abuse: the profile of aggressor

RESUMO

Objetivo: Conhecer o perfil da criança vítima de agrsessão física e do agente responsável pela violência contra ela. Método: investigaram-se 225 casos confirmados de abuso físico do SOS Criança, de Curitiba, durante o ano de 1998, aos quais se aplicou um protocolo com quesitos voltados à análise da criança violentada e do agente agressor. Resultados: registraram-se os seguintes modelos: 56 por cento das crianças avaliadas apresentavam-se em idade escolar; 59,6 eram o primeiro filho da família; 84,4 por cento consistiam em filhos naturais e 71,1 por cento das crianças apresentavam satisfatório rendimento escolar. Múltiplas lesões (38,2 por cento) atingiram o corpo das vítimas, e os ferimentos, na maioria das vezes (37,8 por cento), apresentaram-se como hematomas. O principal agente agressor foi a mãe (42,2 por cento), das quais 25,8 por cento alegaram a causa disciplinar para o abuso, utilizaram-se das mãos (32,5 por cento) para efetuar a violência e 72 por cento negam o uso de bebida alcólica. Conclusões: As crianças que mais sofrem agressão física, segundo a amostra estudada, consistem em filhos legiítimos e primogênitos, com faixa etária entre 5 e 11 anos e com nível escolar compatível com a idade. A mãe, com suas próprias mãos, resume-se no principal agente agressor, e deixa geralmente hematomas, em diversos segmentos do corpo da criança, com o princípio de educar, ou seja, a colocação de limites