Revisão crítica do uso da Sacaca (Croton cajucara, BENTH) como fitoterápico / Critical review about the use of sacaca (Croton cajucara, BENTH) as a phitotherapic

RESUMO

Introdução: O Brasil, é em especial a Região amazônica representa uma vasta fonte de recursos naturais, preservando consigo grande influência da cultura índigena o que resulta em uso difundido de drogas naturais, principalmente as de origem vegetal, para tratamento e a cura dos mais diversos males do homem. Sacaca: Neste contexto, destaca-se a Sacaca (Croton cajucara, BENTH) também denominda popularmente de casca-sacaca, muirá-sacaca, caá-juçara e cajuçara. São utilizadas pela população a casca e as folhas da sacaca, na forma de infuso, óleo, capsulas, pílulas e extratos. A referida espécie tem registro na literatura especialista de vários príncipios ativos isolados como a transdehydrocrotonina, cajucarinolide e iso-cajucarinolide, cajucarin A e B, diterpeno clerodane, linalol entre outros. Apresenta indicações terapeuticas principalmente para diabetes, distúrbios hepáticos e renais, perdas ponderais, como hipoglicemiante, controle da colesterolemia, antiinflamatório, antimicrobiano entre outras. Entretanto, o que que se tem percebido na prática clínica foram seus efeitos colaterais, o que evidenciou a hepatoxicidade do Croton cajucara, Benth com o consumo crescente. Hipoteses inerentes ao mecanismo fisiopatogênico foram aventuadas, porém as incertezas ainda sugerem pesquisas. Comentários Finais: Deve-se atentar para as verdadeiras condições curativas das plantas medicinais assim como para as consequências imprevisíveis que as mesmas podem acarretar, como no caso do desenvolvimento de hepatite pelo uso crônico de sacaca, o que culminou com o óbito de um paciente, mostrando a relevância da interação da sabedoria popular, fornecendo informações inestimáveis dessas plantas e a comprovação científica de seus reais efeitos