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Ice: uma droga antiga que retorna ainda mais poderosa / Ice: an old drug returns in its most powefool route
Nappo, Solange Aparecida; Noto, Ana Regina; Galduróz, José Carlos Fernandes; Carlini, Elisaldo Luiz de Araújo.
  • Nappo, Solange Aparecida; Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de Medicina. CEBRID. BR
  • Noto, Ana Regina; Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de Medicina. CEBRID. BR
  • Galduróz, José Carlos Fernandes; Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de Medicina. CEBRID. BR
  • Carlini, Elisaldo Luiz de Araújo; Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de Medicina. CEBRID. BR
J. bras. psiquiatr ; 50(1/2): 57-62, jan.-fev. 2001.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-330667
RESUMO
Metanfetamina, introduzida, em 1930, como descongestionante nasal, tornou-se uma droga de abuso largamente utilizada provocando várias "epidemias" de consumo devido às suas propriedades euforizantes, assim como suas ações em diminuir o apetite e o sono e aumentar o desempenho físico e intelectual. Foi banida em vários países devido aos efeitos danosos que causa ao coração e sistema nervoso central (SNC), porém, no início dos anos 90, ela retornou aos EUA na sua forma mais poderosa de uso. Passou a ser fumada, sendo denominada nessa nova forma, de ice, proporcionando aos seus usuários efeitos psicoativos muito mais duradouros que os do crack/cocaína. E no Brasil? Na década de 60, era vendida na forma de um medicamento, Pervitin©, o qual era muito apreciado por jovens que dele faziam uso para aumentar sua capacidade produtiva. Em pouco tempo, o Pervitin© passou a sofrer abuso, originando vários casos de dependência descritos na literatura científica brasileira. Devido aos problemas causados, a metanfetamina, a exemplo de outros países, também foi banida no Brasil. Agindo pelo bloqueio da recaptação e promoção da liberação das monoaminas (dopamina, noradrenalina e serotonina) das vesículas armazenadoras e, ainda, inibição da MAO, a metanfetamina permite uma maior quantidade desses neurotransmissores na fenda sináptica, aumentando, assim, a neurotransmissão monoaminérgica. É um análogo da anfetamina, apresentando efeitos muito similares a essa última, portanto é um poderoso estimulante do SNC. Assemelha-se também em efeitos à cocaína, sendo utilizada pelas mesmas vias que essa, ou seja, oral, aspirada, injetada ou inalada (fumada). Logo após o seu uso, há um aumento do estado de alerta, da auto-estima, da euforia, da sexualidade, da energia e uma diminuição da fome, do cansaço e da necessidade de dormir. O ice (forma fumada) e a forma injetada produzem um efeito extremamente prazeroso (flash, rush) não alcançado pelas outras vias. A longo prazo, surgem dependência, tolerância aos efeitos euforizantes, além de problemas cardiovasculares, como taquicardia, aumento da pressão arterial, podendo ocasionar acidente vascular cerebral e infarto. Comportamento violento é observado, usualmente em resposta aos delírios paranóides provocados pelo estado psicótico que se desenvolve. Nesses casos, é nítida a alteração de personalidade com irritabilidade e desconfiança de tudo e todos
Subject(s)
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Index: LILACS (Americas) Main subject: Substance-Related Disorders / Methamphetamine Limits: Humans Language: Portuguese Journal: J. bras. psiquiatr Journal subject: Psychiatry Year: 2001 Type: Article Affiliation country: Brazil Institution/Affiliation country: Universidade Federal de São Paulo/BR

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