Estudo retrospectivo da incidência de óbitos anestésicos cirúrgicos nas primeiras 24 horas: revisão de 82.641 anestesias / Retrospective study of anesthetic deaths in the first 24 hours: review of 82.641 anesthesias
Rev. bras. anestesiol
;
52(6): 719-727, nov.-dez. 2002. ilus, tab
Article
in Portuguese, English
| LILACS
| ID: lil-330704
RESUMO
Justificativa e objetivos - Desde o primeiro relato de óbito por anestesia, muitas tentativas têm sido feitas para estudar a incidência de fatores de risco, complicações e mortalidades associadas à anestesia e cirurgia. O risco estimado periðoperatório de mortalidade varia de 0,05 a 10 acasos para 10.000 anestesias. O objetivo deste estudo foi reportar a incidência de óbitos anestésicosðcirúrgicos nas primeiras 24 horas, ocorridos no Hospital das Clínicas da FMUSP. Método - Foram revisados os prontuários de pacientes anestesiados nos anos 1998 e 1999, num total de 82.641 cirurgias. Os óbitos foram classificados quanto à causa de óbito pela classificação de Edwards, faixa etária, sexo, estado físico (ASA), especialidade e tipo de anestesia. Resultados - A causa de óbito pela classificação de Edwards demonstrou que 91,04 por cento eram da categoria V; 3,77 por cento da categoria VI; 2,13 por cento da VII; 2,84 por cento da IV e 0,23 por cento da I. A faixa etária acima de 65 anos teve incidência de óbito de 1,48 por cento; a dos adultos de 0,48 por cento; crianças de 1 a 12 anos de 0,11 por cento; crianças de 31 dias a 1 ano de 1,29 por cento e neonatos até 30 dias de 2,88 por cento. A proporção de óbitos em relação ao total é de 59,2 por cento de adultos; 30,2 por cento acima de 65 anos; 2,8 por cento de 1 a 12 anos; 4 por cento de 31 dias a 1 ano e 3,8 por cento de neonatos. Os homens representam 66,3 por cento e as mulheres 33,7 por cento dos óbitos. A distribuição por ASA foi a seguinte ASA I ð 11,1 po cento, ASA II ð 5,2 por cento, ASA III - 30,9 por cento, ASA IV ð 34,4 por cento e ASA V ð 18,4 por cento. Cirurgias de emergência contabilizaram 67,2 por cento dos óbitos e as eletivas 32,8. A incidência geral de óbitos foi de 0,51 (sendo 1,88 por cento, a mais elevada, em cirurgia cardíaca, e 1,87 por cento em vascular). Conclusões - Os óbitos anestésicosðcirúrgicos nos anos 1998 e 1999 foram considerados inevitáveis, considerando-se a classificação de Edwards. A incidência mais alta de óbitos ocorreu em neonatos. O predomínio dos óbitos foi do sexo masculino, de pacientes ASA III ou mais, em cirurgias de emergência, cardíacas ou vasculares
Full text:
Available
Index:
LILACS (Americas)
Main subject:
Surgical Procedures, Operative
/
Brazil
/
Hospital Mortality
/
Anesthesia
Type of study:
Incidence study
/
Observational study
/
Risk factors
/
Screening study
Limits:
Adolescent
/
Adult
/
Child
/
Female
/
Humans
/
Male
Country/Region as subject:
South America
/
Brazil
Language:
English
/
Portuguese
Journal:
Rev. bras. anestesiol
Journal subject:
Anesthesiology
Year:
2002
Type:
Article
Affiliation country:
Brazil
Institution/Affiliation country:
Universidade de São Paulo/BR
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