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Neuroproteção: mito para nossa realidade?
Ventura, Marcelo Palis.
  • Ventura, Marcelo Palis; Universidade Federal Fluminense. Faculdade de Medicina. Rio de Janeiro. BR
Rev. bras. oftalmol ; 61(9): 619-620, set. 2002.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-338854
RESUMO
Embora o completo entendimento da patogênese da neuropatia óptica no glaucoma apresente aspectos controversos, o aumento da pressão ocular é, indiscutivelmente, o principal fator de risco para o início e o desenvolvimento da doença. A força exercida pela pressão ocular sobre a lâmina crivosa pode levar ao deslocamento dos feixes de axônios, impedindo a manutenção do fluxo axoplasmático, que é fundamental para a vitalidade da célula neuronal1. O aumento da pressão ocular também pode interferir com a microcirculação na cabeça do nervo óptico. Nos tecidos, o fluxo sangüíneo é o resultado da pressão de perfusão (pressão arterial menos pressão venosa) e da resistência ao longo dos vasos; deste modo, a pressão ocular pode levar à diminuição do lúmem dos vasos e, conseqüentemente, ao aumento da resistência, uma vez que para uma artéria ou veia se manter distendida, a pressão, no interior do vaso, deve exceder àquela ao seu redor2, 3. Por outro lado, alguns autores consideram que o glaucoma deve ser visto como uma doença neurodegenerativa do sistema nervoso central, e como tal seria uma doença progressiva na qual o dano continuaria avançando, mesmo quando o fator primário fosse atenuado ou neutralizado. Nesta linha de raciocínio, os fatores secundários seriam derivados dos neurônios lesados (excitotoxinas, auto-anticorpos) e, desta forma, a degeneração seria um processo que se auto perpetuaria após o desencadeamento da doença pelo fator primário (PIO)4. Um número considerável de modelos tem sido descrito na tentativa de elucidar os mecanismos envolvidos na chamada apoptose, uma forma de suicídio celular codificada geneticamente, que é considerada o mecanismo dominante na degradação das células ganglionares da retina (CGR) no glaucoma. Todos os fatores de insulto para as CGR, incluindo insuficiência trófica, isquemia e excitotoxicidade, podem desencadear a apoptose nos neurônios5. De modo simplificado, a isquemia e/ou o bloqueio do fluxo axoplasmático leva à liberação de glutamato que ativa os receptores (NMDA) localizados na membrana citoplasmática neuronal, facilitando a entrada de cálcio, que no interior da célula leva à formação de óxido nítrico e superóxido, os quais reagem produzindo peroxinitrito, um produto altamente tóxico que pode desencadear a morte celular6. Diversas drogas têm sido investigadas no intuito de bloquear a cascata da apoptose, as quais incluem neurotrofinas (fator neurotrófico derivado do cérebro)...
Subject(s)
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Index: LILACS (Americas) Main subject: Optic Nerve Diseases / Glaucoma Type of study: Prognostic study / Risk factors Language: Portuguese Journal: Rev. bras. oftalmol Journal subject: Ophthalmology Year: 2002 Type: Article Affiliation country: Brazil Institution/Affiliation country: Universidade Federal Fluminense/BR

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