Penélope / Penelope

RESUMO

Narro aqui uma história, a da construção de uma relação muito específica, a minha relação analítica com Penélope, a menina sem-nome, que falava coisas que ninguém conseguia entender e que ficava aterrorizada tanto na solidão como no contato com outras pessoas que não a sua mãe, babá e irmãzinha. A experiência analítica vai permitindo a elaboração gradativa e recorrente de angústias de separação, de intensas vivências de desamparo, fragmentação e despersonalização. O processo de individualização se faz acompanhar pelo desenvolvimento da capacidade de brincar e de outros recursos culturais. Essa história serve de pretexto e ilustração para algumas reflexões sobre as contribuições que a psicanálise pode prestar às outras ciências humanas