Tratamento cirúrgico da pseudartrose não infectada da tíbia, pelo método de Ilizarov / Surgical treatment of non-infected nonunion of the tibia by IlizarovÆs method

RESUMO

Entre março de 1993 e fevereiro de 1998, 27 pacientes com pseudartrose não infectada da tíbia foram tratados pelo método de Ilizarov, tendo-se somente compressão em 26 e alongamento-compressão em 1. A idade dos pacientes variou entre 20 e 67 anos (média de 38), com predomínio do sexo masculino (81,4 por cento). Quanto ao atendimento inicial, constatou-se que 21 (77,7 por cento) dos casos tinham sido provenientes de fraturas expostas, das quais 10 eram do (tipo III de Gustilo, e prevaleceram como causa os acidentes motociclísticos. Pelo aspecto radiográfico das extremidades ósseas, as pseudartroses foram separadas em avasculares e hipervasculares, com maior quantidade das primeiras (62,9 por cento ). Complicações como dor e reações aos fios (de Kirschner transfixantes foram freqüentes, mas não interferiram no resultado final. O tempo de permanência com o fixador externo variou de 2 meses e 12 dias a 7 meses (média de 4 meses e 24 dias), nos pacientes submetidos à osteossíntese monofocal. Em uma paciente com osteossíntese bifocal, foi de 7 meses e 2 dias. A retirada dos fixadores baseou-se em controles radiográficos e no teste de soltura das hastes. Os resultados foram avaliados conforme a consolidação óssea e a função do membro afetado. Houve, 92,5 por cento de excelentes e bons resultados para ambos os critérios. Os autores concluem que o tratamento da pseudartrose não infectada da tíbia, através do método de Ilizarov, foi eficaz, com 100 por cento de consolidação e, de modo geral, teve boa aceitação pelos pacientes.