Pode a genética definir quem deve se beneficiar das cotas universitárias e demais ações afirmativas? / Can the genetics define who must benefit of university quotas and too much affirmative action?
Estud. av
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18(50): 31-50, 2004. ilus, tab
Article
in Portuguese
| LILACS
| ID: lil-361196
RESUMO
Neste trabalho nós usamos o instrumental da genética molecular e da genética de populações para estimar quantitativamente a contribuição africana para a formação do povo brasileiro. Examinamos dois compartimentos genômicos: o DNA mitocondrial, de herança matrilínea, e o DNA nuclear, de herança bi-parental. Os estudos mitocondriais revelaram que aproximadamente 30 por cento dos brasileiros autoclassificados como brancos e 80 por cento dos negros apresentam linhagens maternas características da áfrica subsaariana. A partir destes dados, estimamos que pelo menos 89 milhões de brasileiros são afro-descendentes, um número bem superior aos 76 milhões de pessoas que se declararam negros (pretos e pardos) no censo de 2000 do IBGE. As análises de polimorfismos nucleares com marcadores "informativos de ancestralidade" mostraram resultados mais expressivos ainda. Usando estudos de brasileiros autoclassificados como brancos de várias regiões do Brasil, estimamos que aproximadamente 146 milhões de brasileiros (86 por cento da população) apresentam mais de 10 por cento de contribuição africana em seu genoma. Estes números devem ser levados em conta nas discussões sobre ações afirmativas no Brasil, mas em um sentido descritivo e não prescritivo.
Full text:
Available
Index:
LILACS (Americas)
Main subject:
Prejudice
/
Genomics
/
Inheritance Patterns
/
Black People
/
Ethics
/
Racism
Language:
Portuguese
Journal:
Estud. av
Journal subject:
Science
/
Social Sciences
/
Public Health
Year:
2004
Type:
Article
Affiliation country:
Brazil
Institution/Affiliation country:
Universidade Federal de Minas Gerais/BR
/
Universidade Federal do Rio Grande do Sul/BR
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