Dexmedetomidina como droga adjuvante no despertar transitório no intra-operatório de correção cirúrgica de escoliose: relato de caso / Dexmedetomidine as adjuvant drug for wake-up test during scoliosis correction surgery: case report
Rev. bras. anestesiol
;
54(2): 247-251, mar.-abr. 2004.
Article
in Portuguese, English
| LILACS
| ID: lil-361295
RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A escoliose é um defeito da coluna vertebral que necessita muitas vezes de correção cirúrgica. Uma peculiaridade desta correção é a necessidade do paciente despertar no intra-operatório e movimentar os membros inferiores com intuito de afastar lesões do sistema nervoso central (SNC), após a correção do defeito ortopédico. Neste relato, foi associada dexmedetomidina à anestesia venosa total com propofol e remifentanil com o objetivo de obter as ações sedativa, analgésica e de estabilidade ventilatória desta droga, durante o despertar transitório em paciente submetida à correção cirúrgica de escoliose. RELATO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 16 anos, branca, estado físico ASA I, com escoliose torácica e lombar em 12 níveis, foi submetida à cirurgia sob anestesia geral. Como medicação pré-anestésica foi utilizado lorazepam na dose de 2 mg, por via oral, na véspera e 90 minutos antes do procedimento. Após monitorização, foi realizada venóclise e punção da artéria radial no membro superior esquerdo; a veia subclávia direita foi puncionada com cateter de duplo lúmen, para infusão de drogas e medidas hemodinâmicas. A indução anestésica foi feita com 1 æg.kg-1 de remifentanil e propofol, em infusão alvo-controlada, para concentração plasmática de 3 æg.ml-1. Como bloqueador neuromuscular, foi utilizado atracúrio na dose de 0,5 mg.kg-1. A manutenção da anestesia foi realizada com infusão contínua de dexmedetomidina (0,4 æg.kg-1.h-1), remifentanil (0,3 æg.kg-1.min-1) e propofol (3 æg.ml-1) em infusão alvo-controlada. No momento do teste para movimentação dos membros inferiores, foram interrompidas as infusões de propofol e remifentanil, mantendo a dexmedetomidina. Com a superficialização do plano anestésico, o paciente assumiu ventilação espontânea e após 14 minutos da interrupção das drogas, sob comando verbal, movimentou os membros inferiores. Durante este procedimento, a paciente permaneceu no estágio 3 de sedação de Ramsay, isto é, sob analgesia, respirando espontaneamente e tranqüila. CONCLUSÕES: A dexmedetomidina associada à anestesia venosa total mostrou-se uma opção interessante, como droga adjuvante no teste de despertar, bem como para o propósito de analgesia e sedação no período perioperatório.
Full text:
Available
Index:
LILACS (Americas)
Main subject:
Piperidines
/
Scoliosis
/
Anesthesia Recovery Period
/
Propofol
/
Adrenergic alpha-Agonists
/
Dexmedetomidine
/
Analgesics, Opioid
/
Hypnotics and Sedatives
/
Anesthesia, General
Limits:
Adolescent
/
Female
/
Humans
Language:
English
/
Portuguese
Journal:
Rev. bras. anestesiol
Journal subject:
Anesthesiology
Year:
2004
Type:
Article
Affiliation country:
Brazil
Institution/Affiliation country:
SANE/BR
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