Psicose e real / Psychosis and real

RESUMO

Partindo da definição de Lacan do real concebido como impossível, o artigo analisa a relação entre psicose e real. Tal relação aponta para uma redundância entre os termos, já que a psicose é a encarnação do real como impossível. Trata-se do impossível em uma dupla perspectiva impossível, primeiramente, pensado a partir da experiência fenomênica, do vivido como transbordamento do corpo ou pelas proliferações de significação {como testemunham os fenômenos de auto-engendramento, de indiferenciação e de onipotência} e, por outro lado, impossível no sentido de impossibilidade de tudo circunscrever pela linguagem, isto é, de tudo simbolizar. Por fim, tendo como referência os três registros definidos por Lacan (Real, Simbólico e Imaginário), será examinado como esse impossível constitui não só a psicose, mas todo sujeito.