Efeito da fluvastantina sobre os lípides, a peroxidação lípida e a disfunção endotelial em coelhos hipercolesterolêmicos / Effects of fluvastatin on lipids, lipid peroxidation and endothelial dysfunction in hypercholesterolaemic rabbits

RESUMO

O principal objetivo do estudo é detectar o efeito da fluvastatina no relaxamento dependente do endotélio, o conteúdo de colesterol na pareda da aorta, quantificar o malondialdeido (MDA) nas LDLs nativa e oxidada, assim como na parede da aorta em coelhos hipercolesterolêmicos. Coelhos machos da raça Nova Zelândia foram randomizados em três grupos controle normal, controle, hipercolesterolêmico e fluvastatina (n=10). Todos os animais foram alimentados com dieta suplementada com gordura de coco 2 por cento e colesterol 0,5 por cento w/w por 45 dias. Após 15 dias, amostra de sangue foi obtida via punção cardíaca para determinação de colesterol plasmático total. Então, foi administrado, por gavagem, fluvastatina na dose de 40mg/dias aos animais do grupo fluvastatina. No final do experimento, nova amostra de sangue foi retirada para determinação de colesterol e isolamento de LDL. Os animais foram sacrificados por deslocamento da coluna cervical após anestesia com éter. Toracotomia mediana foi realizada e a aorta removida para preparação de anéis para estudo do relaxamento dependente do endotélio, medida do colesterol tecidual, MDA na parede da aorta e LDLs. Os resultados foram comparados por métodos estatísticos não paramétricos. Os resultados mostram que a fluvastatina, significantemente, reduziu o colesterol plasmático total, LDL-colesterol, colesterol na parede da aorta, reduziu o MDA nas LDLs nativa e oxidada, assim como na parede da aorta. A fluvastatina foi eficaz em melhorar o relaxamento dependente do endotélio de modo significante. os autores discutem o efeito benéfico das estatinas relacionados à redução do colesterol plasmático e à redução do MDA determinada pela fluvastatina e consideram que isso pode dever-se a mecanismos específicos relacionados a receptores de membrana ou à moléculas de sinalização intracelular que estão envolvidos na produção de NO°. Outra questão refere-se à selectividade e disponibilidade das estatinas. Os autores enfatizam que estudos similares podem corroborar na direção de verificar se diferenças entre as estatinas são relevantes na prática clínica, considerando que todas elas determinam inquestionável redução na mortalidade e eventos coronarianos observados em estudos clínicos.