A crença na auto-intoxicação por estase intestinal e sua história / The belief and history of autointoxication due to intestinal stasis
Brasília méd
;
40(1/4): 33-42, 2003. ilus
Article
in Portuguese
| LILACS
| ID: lil-392040
RESUMO
É antiga a crença de que as fezes contêm substâncias tóxicas para o organismo e de que estas podem causar doenças. Antigos egípcios deixaram registros sobre essas idéias, que se trasladaram para a medicina grega. A crença dos efeitos benéficos da lavagem intestinal parece ser comum a várias culturas. Na medicina hipocrática, o uso de purgativo e clisteres baseava-se em desequilíbrio dos humores (sangue, fleuma, bile amarela e bile negra). Na Idade Média, sangria, purgativos e lavagens intestinais foram importantes recursos terapêuticos e tiveram uso abusivo. Com a descoberta de bactérias patogênicas como agentes de doenças ao lado de outros elementos da evolução técnica, sangria, clisteres e purgativos perderam prestígio. Todavia, atualmente ainda perdura a crendice nos benefícios da limpeza intestinal como meio de evitar doenças. Mas importante é o funcionamento intestinal em ritmo regular, que depende da alimentação. A obstipação deve ser corrigida, não com laxantes ou clisteres, mas com a ingestão de maior quantidade de fibras vegetais, que podem ser suplementadas, quando necessário, com medicamentos à base de fibras naturais.
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Index:
LILACS (Americas)
Main subject:
Toxicology
/
Feces
/
Gastric Lavage
/
Therapeutic Irrigation
Language:
Portuguese
Journal:
Brasília méd
Journal subject:
Medicine
Year:
2003
Type:
Article
Affiliation country:
Brazil
Institution/Affiliation country:
Universidade Federal de Goiás/BR
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