Higienismo e eugenia: discursos que não envelhecem / Hygienism and eugenics: discourses that do not grow old
Psicol. rev
;
13(1): 59-71, maio 2004.
Article
in Portuguese
| LILACS
| ID: lil-418250
RESUMO
Se já nos parece estranho atribuir o sucesso ou insucesso do indivíduo unicamente às suas características pessoais ou biológicas (cor da pele, gênero etc.), estranheza maior causa a constatação de que esses discursos são recorrentes há, no mínimo, um século. Pensar essa questão recuperando o eixo naturalista dos movimentos higienistas e eugenistas oficialmente presentes nas primeiras décadas do século XX, na sociedade brasileira, é o conteúdo deste artigo. Atualmente, com o benefício do tempo transcorrido, observa-se que muitas orientações e encaminhamentos oferecidos pelos higienistas para os problemas, geralmente de caráter social, foram justificados pelas dificuldades de adaptação do indivíduo na luta pela vida, advindas da sua origem intelectual, natural e hereditária. E nesse percurso, diga-se de passagem, o instrumental da psicologia foi de grande valia na descrição e classificação dos indivíduos. É claro que a naturalização dos problemas de ordem social não era um discurso hegemômico. Existiam vozes divergentes, como costuma acontecer. Sem entrar no mérito dessa questão, aqui estamos tentando chamar a atenção para os discursos que se perpetuam sob a égide da ciência. E a medicalização de questões de ordem pedagógica e psicológica é um exemplo disso, observado em nossos dias
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Index:
LILACS (Americas)
Main subject:
Psychology
/
Hygiene
/
Genetic Determinism
/
Eugenia
Language:
Portuguese
Journal:
Psicol. rev
Journal subject:
Psychology
Year:
2004
Type:
Article
Affiliation country:
Brazil
Institution/Affiliation country:
Universidade Estadual de Maringá/BR
/
Universidade Federal do Rio Grande do Norte/BR
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