Conhecimento sobre alguns aspectos da disfunção respiratória de familiares de crianças e adolescentes hospitalizados / Family's knowledge on the respiratory distress of hospitalized children and adolescents

RESUMO

Estudo descritivo com objetivo de traçar o perfil de crianças e adolescentes hospitalizados e de seus familiares, medir o conhecimento apreendido pelos familiares sobre alguns aspectos da disfunção respiratória e conhecer a percepção dos mesmos sobre as atividades de ensino das enfermeiras da unidade de internação pediátrica de um hospital geral privado de 420 leitos, localizado no Município de São Paulo. A amostra constitui-se de 68 familiares. Preliminarmente à coleta de dados, a pesquisadora ministrou aula sobre disfunção respiratória, abordagem da família e ações educativas das enfermeiras para propor a aplicação de roteiro educacional durante o processo assistencial. 0 instrumento de pesquisa foi o questionário formado por questões estruturadas, semi estruturadas e aberta. A coleta de dados foi realizada no período de março a novembro de 2003. Foram selecionadas variáveis referentes às crianças, aos familiares, aos sinais e sintomas e aos aspectos do tratamento na disfunção respiratória. A média de idade das crianças e adolescentes foi 4,2 anos, 54,4 por cento do sexo masculino, 82,3 por cento permaneceram hospitalizados de um a cinco dias, os diagnósticos médicos predominantes foram broncopneumonia (44,4 por cento) e pneumonia (29,4 por cento). Em relação aos familiares a média de idade foi 36,5 anos, a mãe foi o familiar que mais acompanhou o (a) filho (a), (89,6 por cento), durante a internação, 92,6 por cento dos familiares tinham nível superior de instrução e 87,0 por cento eram profissionais liberais. Os sinais e sintomas mais presentes foram tosse (80,6 por cento), desconforto respiratório (80,6 por cento); sons respiratórios alterados (73,5 por cento) e febre (60,3 por cento) e os aspectos do tratamento mais freqüentes foram inalação (94,1 por cento) e nebulização (73,5 por cento). Em relação às orientações dadas pelas enfermeiras, 82,4 por cento dos familiares não receberam orientações e dentre os que receberam, a maioria, apreendeu corretamente, 100,0 por cento, sobre risco de vômito e ou diarréia, 80,0 por cento freqüência do vômito ou diarréia e 66,7 por cento. sinais e sintomas da insuficiência respiratória, quanto às respostas incorretas sobressaem 100,0 por cento relativos aos sinais e sintomas da desidratação e 66,7 por cento aos cuidados na manipulação da secreção nasal. A maior parte (60,3 por cento) não identificou as atividades de ensino desempenhadas pelas enfermeiras e consideraram-nas muito importantes