Como são tratadas as fraturas expostas da tíbia no Brasil? Estudo transversal / How are tibial open fractures treated in Brazil? A cross-sectional Study

RESUMO

Este estudo transversal foi realizado durante o 36º Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia, para identificar a opinião do ortopedista brasileiro a respeito das preferências de tratamento das fraturas expostas da tíbia nos adultos. Foram respondidos 507 questionários, sendo que os resultados demonstram consenso em relação aos seguintes aspectos classificação, 78,5 por cento utilizam a de Gustilo-Anderson; indicação de tratamento cirúrgico, 76,3 por cento preferem operar todos as fraturas; pressão de irrigação e produto utilizado, 80,3 por cento utilizam irrigação manual e 85,4 por cento solução salina; método de estabilização da fratura, fixador externo foi apontado em 52,1 por cento das fraturas expostas tipo II, 74,4 por cento nas IIIA, 88,6 por cento nas IIIB e 89 por cento nas IIIC; e indicação de fechamento primário, escolhido em 74,2 por cento nas tipo I. Não houve consenso em relação ao tempo para cobertura de partes moles e tempo de uso de antibióticos. Os principais aspectos que discordaram da literatura foram método de estabilização, tempo de uso de antibióticos e indicações de fechamento primário.