Shear bond strength of new and recycled brackets to enamel

RESUMO

O objetivo deste estudo foi avaliar in vitro a resistência ao cisalhamento de bráquetes reciclados. Foram utilizados 50 pré-molares humanos, extraídos com finalidade ortodôntica, nos quais foi feita a colagem de bráquetes (S2C-03Z; Dental Morelli, Brasil) com resina composta quimicamente ativada (Concise Ortodôntico; 3M, EUA). Os dentes foram divididos aleatoriamente em 5 grupos (n=10). No grupo I (controle), os bráquetes colados permaneceram fixados até o momento do teste de cisalhamento (ou seja, não foram feitos procedimentos de remoção e nova colagem dos bráquetes). Nos grupos II, III e IV, os bráquetes foram removidos e reutilizados após reciclagem com jateamento de óxido de alumínio (90 µm), desgaste com ponta abrasiva de carboneto de silício ou processo industrial por uma empresa especializada (Abzil-Lancer, Brasil), respectivamente. No grupo V, os bráquetes foram removidos e bráquetes novos foram colados sobre o esmalte. Os ensaios de cisalhamento foram realizados numa máquina Instron com velocidade de 0,5 mm/min e os resultados foram submetidos à análise de variância e teste de Tukey com nível de significância de 5 %. Não houve diferença estatisticamente significante (p>0,05) entre os bráquetes do grupo controle (0,52 kgf/mm2), reciclados com óxido de alumínio (0,34 kgf/mm2) e bráquetes novos colados sobre o esmalte onde anteriormente havia bráquetes fixados (0,43 kgf/mm2). Bráquetes reciclados pela empresa especializada (0,28 kgf/mm2) e pelo desgaste com carboneto de silício (0,14 kgf/mm2) apresentaram os menores valores de resistência ao cisalhamento, com diferença estatisticament significante (p<0,05) quando comparados aos bráquetes do grupo controle (0,52 kgf/mm2). Deste modo, conclui-se que os resultados deste estudo mostraram que a reciclagem de bráquetes ortodônticos utilizando jateamento com de óxido de alumínio (90-µm) foi eficiente tecnicamente simples, podendo representar uma redução de custos para ortodontistas e pacientes.