Evaluation of the quality of life of patients with oral cancer in Brazil

ABSTRACT

This study performed a field trial of a Portuguese version of the University of Washington quality of life questionnaire (UW-QOL, 3rd version), aiming at appraising its ability to identify different patterns of health-related quality of life of patients with oral cancer in Brazil. Patients (N = 100) were interviewed as they were undergoing treatment for oral squamous cell carcinoma at a large Brazilian hospital ("Hospital das Clínicas", School of Medicine, University of São Paulo). The results were compared based on categories of socio-demographic and clinical characteristics of the patients. At a one-year follow-up, 20 patients had died, and 24 were considered dropouts. The remaining patients accounted for the longitudinal assessment of modifications in the self report of quality of life. Patients with larger tumours and neoplasms in the posterior part of the mouth presented significantly (p < 0.05) poorer indications of quality of life. Chewing was the poorest rated domain (35.0/100.0), and presented the highest proportion of complaints both at the baseline and at the follow-up assessments. The questionnaire allowed the identification of important contrasts (while comparing clinical characteristics) and similarities (while comparing socio-demographic status) among subsets of respondents, and it can contribute to reduce the impact of treatments and improve subsequent patient management.

RESUMO

O presente estudo realizou teste de campo para uma versão em Português do questionário de qualidade de vida da Universidade de Washington (UW-QOL, 3ª versão), com o intuito de avaliar sua capacidade em descrever padrões diferenciais de qualidade de vida de pacientes com câncer de boca no contexto brasileiro. Foram entrevistados 100 pacientes com carcinoma epidermóide oral no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Os resultados foram comparados por características sócio-demográficas e clínicas dos pacientes. Após um ano, 20 pacientes haviam falecido e 24 não foram localizados. A re-entrevista dos demais permitiu o acompanhamento longitudinal de modificações na auto-avaliação de qualidade de vida. Pacientes com tumores maiores e neoplasia na porção posterior da boca apresentaram indicadores de pior qualidade de vida (p < 0.05). Mastigação foi o item com pior avaliação (35,0/100,0) e maior proporção de queixas, tanto na avaliação inicial como no seguimento longitudinal. O questionário permitiu identificar relevantes contrastes (na comparação de características clínicas) e similaridades (na comparação de características sócio-demográficas) entre os grupos de respondentes. Seu uso regular no hospital pode contribuir para reduzir o impacto das aplicações terapêuticas e aprimorar a gestão dos tratamentos.