Lamivudina por tempo prolongado no tratamento da hepatite B crônica no estado de Mato Grosso / Long-term use of lamivudine for treating chronic hepatitis B in the State of Mato Grosso
Rev. Soc. Bras. Med. Trop
; Rev. Soc. Bras. Med. Trop;40(1): 18-24, jan.-fev. 2007. tab, graf
Article
in Pt
| LILACS
| ID: lil-449163
Responsible library:
BR1.1
RESUMO
Para avaliar resultados do tratamento da hepatite B crônica com lamivudina, 100mg ou 150mg diários, foram acompanhados 34 pacientes em um serviço em Cuiabá, Mato Grosso. Entre os 34, 21 (62 por cento), eram cirróticos e 24 (70 por cento) HBeAg positivos. Genótipo viral foi determinado em 18, sendo predominante o genótipo A (12). O acompanhamento teve mediana de 27 meses (7 a 64). Do total, 23 (67 por cento) apresentaram resposta bioquímica entre dois e 24 meses de tratamento. Dos 24 pacientes com positividade para o HBeAg, 13 (54 por cento) apresentaram negativação do HBeAg durante o acompanhamento. Entre os anti-HBe positivos, 70 por cento tiveram normalização das aminotransferases. Quatorze (41 por cento) não apresentaram resposta bioquímica ou sorológica de início ou apresentaram breakthrough. Em seis dos que não responderam, foram encontradas as mutações L180M e M204V. Quatro pacientes faleceram após pelo menos 21 meses de lamivudina e três cirróticos desenvolveram hepatocarcinoma após 24 meses. A partir do terceiro ano surgiram complicações, como hepatocarcinoma ou hemorragia digestiva. Os presentes achados sugerem que resposta precoce ao tratamento com lamivudina pode estar associada a um melhor controle da hepatite B crônica.
ABSTRACT
To assess the results from lamivudine treatment (100 mg or 150 mg) for chronic hepatitis B, 34 patients were followed at a clinic in Cuiabá, Mato Grosso, Central Brazil. Among them, 21 (62 percent) had liver cirrhosis and 24 (70 percent) were HBeAg-positive. The viral genotype was determined for 18 patients, among whom genotype A was the most prevalent (12). The median follow-up was 27 months (range from 7 to 64 months). Among the total, 23 (67 percent) presented a biochemical response after 2 to 24 months of treatment. Among the 24 HBeAg-positive subjects, 13 (54 percent) became HBeAg-negative during the follow-up. Among the anti-HBe-positive patients, 70 percent obtained normalization of aminotransferase levels. Fourteen (41 percent) did not present any initial biochemical or serological response or presented breakthrough. The L180M and M204V mutations were found in six of the non-responders. Four patients died after at least 21 months of lamivudine and three patients with liver cirrhosis developed liver cancer after 24 months. From the third year onwards, complications such as digestive system hemorrhage or liver cancer started to emerge. The present findings suggest that an early response to lamivudine treatment may be associated with better control over chronic hepatitis B.
Full text:
1
Index:
LILACS
Main subject:
Antiviral Agents
/
Lamivudine
/
Hepatitis B, Chronic
/
Hepatitis B e Antigens
Type of study:
Observational_studies
/
Prognostic_studies
/
Risk_factors_studies
Limits:
Adolescent
/
Adult
/
Child
/
Female
/
Humans
/
Male
Language:
Pt
Journal:
Rev. Soc. Bras. Med. Trop
Journal subject:
MEDICINA TROPICAL
Year:
2007
Type:
Article