Efeitos da poluição atmosférica na frequência de atendimentos por hipertensão arterial em unidade de emergência na cidade de São Paulo / The effects of the air pollution on the frequency of services on hypertensive patients at the emergency unit in the city of São Paulo

RESUMO

Objetivo: O objetivo do trabalho foi analisar a associação entre o número de atendimentos por doença hipertensiva em unidade de emergência e as concentrações de poluentes atmosféricos na cidade de São Paulo. Métodos: O grupo estudado foi de pacientes hipertensos (CID 110) que no período entre fevereiro de 2001 a dezembro de 2003 procuraram o serviço de Pronto Socorro do Hospital São Paulo com complicação hipertensiva (elevação da pressão arterial e suas complicações). Todos os pacientes analisados eram procedentes da cidade de São Paulo. Os dados de polui­ção atmosférica foram tomados da CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) em bases diárias para todo período de estudo. Resultados: A análise dos dados evidenciou que as eleva­ções nas concentrações atmosféricas de dióxido de nitrogênio (N02), monóxido de carbono (CO) e dióxido de enxofre (S02) se relacionam com maior número de atendimentos de pacientes portadores de hipertensão arterial, na unidade de emergência do Hospital São Paulo. O maior efeito sobre a elevação da pressão arterial se deu em momentos diferentes após a exposição para cada um dos poluentes aqui citados. Assim, para o S02 pôde-­se observar repercussão importante até cinco dias após a sua maior concentração atmosférica, enquanto para o CO e o N02 isso se deu com sete e dois dias, respectivamente. Conclusão: Pode-se concluir, então, que existe uma rela­ção importante entre maior concentração de poluentes atmos­féricos e maior número de atendimento de pacientes hipertensos em unidades de pronto atendimento.