Inclinar-se para a escuta e inclinar-se para a escrita / Be inclined to listen and be inclined to write
Pulsional rev. psicanál
;
18(184): 60-64, dez. 2005.
Article
in Portuguese
| LILACS
| ID: lil-473819
RESUMO
O ato simbólico escrever a clínica permite a metaforização da experiência psicanalítica, servindo de base para construtos metapsicológicos, cunhando um novo saber no corpo da psicanálise. Porém, o recurso aos fragmentos clínicos não ocorre sem conseqüências. Primeiro, não é possível ao pesquisador psicanalítico expor a clínica sem se situar a si próprio. Segundo, atravessar os limites do sigilo e desvendar histórias da vida privada requer não só certos cuidados éticos, como também indagações sobre o que justifica escancarar a cena primitiva do setting analítico. A concepção de que o caso clínico é uma ficção do analista por tratar-se de formações imaginárias minimiza, mas não evita os impasses enfrentados por aqueles que desejam pesquisar na e com a clínica. Essa experiência levou-nos a refletir sobre os lugares de analista e de pesquisador e a supor que na pesquisa psicanalítica opera-se um jogo dialético que não se encerra com a escrita. O caso não se reduz ao relato de uma experiência. Ressalto aqui sua ação de retorno na clínica, funcionando como um ato analítico. Alguma coisa acontece com o sujeito analisante/analisado após a leitura do caso.
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Index:
LILACS (Americas)
Main subject:
Psychoanalysis
/
Research Personnel
Language:
Portuguese
Journal:
Pulsional rev. psicanál
Journal subject:
Psican lise
/
Psicologia
Year:
2005
Type:
Article
Affiliation country:
Brazil
Institution/Affiliation country:
Universidade Católica de Pernambuco/BR
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