Fobia social e autoconceito: um estudo correlacional com a prática de atividade física / Social phibia and self-concept: a correlational study with physical activity practice

RESUMO

O objetivo deste estudo foi analisar a fobia social e possíveis relações entre a prática de atividades físicas e o autoconceito em adolescentes de 14 a 20 anos. Participaram do estudo 191 alunos das redes de ensino privada e pública. Foram utilizados, nesse estudo, um teste de fobia social, um teste de autoconceito e um questionário de atividade física. Os resultados indicam que alunos do ensino privado são mais tímidos do que os do ensino público. Em relação ao autoconceito, evidenciou-se diferença significativa no fator de segurança nos rapazes e no fator ético-moral nas moças, o que indica que rapazes são mais estáveis, corajosos e seguros, enquanto as moças são mais influenciadas pelas regras ético-morais. Os resultados indicam também que ambos os sexos são pouco ativos. Não se observou relação entre a fobia social e a atividade física, porém encontraram-se relações da fobia social e atividade física com alguns fatores do autoconceito. Conclui-se que o alto nível de fobia social pode interferir negativamente em fatores de receptividade e segurança entre rapazes e moças, contatando-se a necessidade de maiores estudos na área, os quais poderão auxiliar na prevenção e no tratamento da fobia social, que pode se agravar com o decorrer dos anos e prejudicar a inserção social desses jovens.

ABSTRACT

The objective of this study was to analyze social phobia in teenagers aged 14 to 20 years and its possible relationship with regular practice of physical activity and their self-concept. This study enrolled 191 students from private and public schools and the measurement instruments used were a test of social phobia, a test of self-concept and a physical activity questionnaire. The results indicate that students from private schools are shyer than students from public schools. In relation to self-concept, there were significant differences in security factor for boys and moral factor for girls. This indicates that boys are more stable, brave and secure, while girls are more influenced by moral and ethical rules. These results demonstrate that no relationship was detected between social phobia and physical activity, but it was possible to observe a relationship between social phobia and some of the self-concept factors, and a relationship between physical activity and some of the self-concept factors. It is therefore concluded that the negative influence of high levels of social phobia on the receptivity and security factors of men and women suggests a need for further studies in the area, which could help in the prevention and treatment of social phobia, which could worsen over the years and compromise these young people’s ability to socialize.